Salve Deus
onipotente
Dono deste mundo
inteiro,
Grande em amor e
bondade
És nosso pai
verdadeiro,
Mais uma vez me
ajude
Venha ser meu
companheiro.
Dá- me agora
inspiração
Pra contar um acontecido
Que se passou muito
longe
Alguém já tinha
esquecido;
Falo de um soldado
que
Volta da guerra
ferido.
Esta história que
eu vi
Nela achei algo
importante,
De um soldado
ferido
E do irmão
comerciante,
Vou contar para
vocês
Esta história
interessante.
No estado da
Virgínia
Em solo americano
Chegou ao cais de Norfolk
Um navio Virgiano
Trazendo pioneiros
Que estavam em
desengano.
Estes soldados
feridos
Estavam doentes,
fadados,
A União fez uma
troca
Entre os exércitos
brigados,
A maioria já tinha
Sido até
internados.
Aqueles soldados
estavam
Em estado
deploráveis
Sofrimento e muita
dor
Tidos como
miseráveis;
Não tinha paz nem
prazer
Em angústia
lamentáveis.
Entre aqueles
soldados
Um jovem ali se
encontrava,
Com vinte anos de
idade
Daquela prisão
voltava,
Muito ferido e
doente
E quase ali não
falava.
Este soldado,
leitor
Tinha sido bem
criado
Em um lar com finos
tratos
De um modo
delicado,
Mas a prisão lhe
deixou
Doente e em triste
estado.
A vida que levou no
cárcere
Do exercito
inimigo,
Desfigurou o seu
rosto
Sofreu terrível
castigo
O seu corpo lastimável
Até corria perigo.
Estava coberta de
chagas
Sujo e desfigurado,
Maltrapilho,
fedorento,
Cabelo despenteado;
Seu semblante
decaído
Era triste o seu estado.
Porém aquele
soldado
Tinha um irmão
abastado
Que morava em
Filadélfia
Era bem estruturado
Negociante de
primeira
Na vida realizado.
William assim se
chamava
E pro irmão mandou
falar
Que iria ao seu
encontro
Para as saudades
matar,
E no porto de
Norfolk
Seu irmão foi
encontrar.
O irmão sabendo
disto
Já ficou preocupado
Se ele não conhecesse
Ele estaria
derrotado,
Falava pra os
companheiros
Que estavam do seu
lado.
Dizia que seu irmão
Era limpo e
elegante,
Não ia lhe receber
Naquele estado
deplorante,
Estando daquela
maneira
Outrora fora
importante.
Doente e
desesperado
Cada vez sentindo
mal
Ao pensar que seu
irmão
Era um grande no
local;
Já estava até
pensando
Em morrer no
hospital.
Triste ali muito
chorava
Naquela situação
A roupa suja,
esfarrapada
Deitado naquele
chão
O seu corpo
emagrecido
Ninguém lhe
estendia a mão.
Quando o navio
aportou
Chega um homem bem
vestido,
Logo subiu ao
convés
Procurando o irmão
ferido;
Era William com
saudades
De ver seu irmão
querido.
Estava ali
aguardando
Com cobertores,
almofadas,
Carruagem e muito
luxo
Muito linda e
asseadas,
Pra receber seu
irmão
As horas estavam
marcadas.
William tinha
licença
Pra cuidar do seu
irmão.
A ele foi concedido
Pelo poder da
união;
Pra dar a ele
conforto
E a ele estender a
mão.
Não demorou muito
tempo
Perto do irmão
chegou.
Porém não lhe
conheceu
Pelo convés rodeou,
Naquela ânsia
danada
Um triste ser
contemplou.
Viu um homem
maltrapilho,
Boca e nariz
ferido,
Cabelo despenteado
O corpo muito
fedido,
Manchas grandes em
sua pele;
Estava ao pó
reduzido.
Ao ver aquilo
William
Naquele mesmo
momento,
Voltou e lhe deu as
costas
Com nojo e com
sentimento,
Nunca tinha visto
antes
Tanta dor e
sofrimento.
O coração do
soldado
Doente se
esmoreceu.
Contemplou o seu
irmão
E ele não lhe
conheceu,
Isto ele já receava
E justamente
aconteceu.
Pensando consigo
mesmo:
_Ele se enojou de
mim!
Limpo eu saí de
casa
Agora volto assim.
Não quis ficar do
meu lado
O meu caso é mesmo
ruim.
Pela segunda vez
William
Passou e não
conheceu,
Mesmo fazendo
esforço
Nada disto
aconteceu
Ele chegou à
conclusão:
_ O meu irmão já
morreu.
Porém fez mais um
esforço
Perto do irmão
chegava,
Estava perto
daquele
Que há tanto tempo
procurava,
Sem haver
reconhecido
Dava as costas e se
afastava.
O soldado vendo
tudo,
Esperou por uma
ação.
William até tinha
nojo
Porém tinha
compaixão,
Aquando estava
desistindo
Alguém acenou com a
mão.
_William, eu estou
aqui!
Não estais me
conhecendo?
Foram as palavras
ditas
Pelo soldado
tremendo,
Deitado naquele
chão
Parecia estar
morrendo.
William ficou
surpreso
Disse:_ Meu querido
irmão
Porque já não me chamastes?
Estando nesse
imundo chão
Passei i três vezes
aqui
E não te conheci
não.
E tomou seu irmão
nos braços
Dele não se
envergonhou;
Levou para a
carruagem
Logo o convés
deixou;
Com destino a sua
casa
Seu irmão o
acomodou.
E tudo quanto
possuía
Dinheiro, carro, e
mansão,
De tudo que precisava
Pois a sua
disposição
Pra usar em
beneficio
E restaurar seu
irmão.
O soldado alegrou-
se
Pela resposta que
ouviu.
Apesar do
sofrimento
Sua fé restituiu;
Naquele momento
brilhante
Sua ânsia sucumbiu.
Sendo rico aquele homem
Ele não era orgulhoso,
Não dava valor a riqueza
Era humilde e piedoso,
Certamente aprendera
Com o nosso pai poderoso.
Aquele soldado ferido
Teve as forças renovadas,
De enfermo e moribundo
A doença foi sanada
Renovou- se o seu ânimo
Sua sorte foi mudada.
O soldado restaurado
Com o irmão tinha harmonia,
Viveram pra sempre bem
Com gozo e com alegria;
Quem viu o soldado antes
Logo não reconhecia.
William e seu irmão
Pra sempre foram felizes
Ele voltou a trabalhar
Deu as coisas diretrizes
Esqueceu-se do seu passado
Restando as cicatrizes.
Podemos tirar dessa história
Pra nossa vida uma lição,
Pra não desprezar ninguém,
Na mesma situação,
Precisamos amar mais
Ter ternura e compaixão
Assim com fez William
Também faz nosso Jesus,
Quem estiver na escuridão
Ele mostra sua luz,
Foi quem deu maior exemplo
Morrendo por nós na cruz.
Devemos ajudar o próximo
Não querer mal pra ninguém
Ajudar sem acepção
Fazendo sempre o bem,
O mundo dar muitas voltas
Podemos precisar também.
Termino aqui meu cordel
Contei sofrimento e dor
Contei também compaixão,
Lealdade e amor
Agradeço a vocês,
Obrigado meu Senhor!
Autor:Pádua Gomes Gorrión
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