domingo, 13 de novembro de 2016

DESFIO DE POESIA ENTRE OS POETAS FRANCISCO EVANGELISTA E ROBSON RENATO
























DESFIO DE POESIA ENTRE OS POETAS
FRANCISCO EVANGELISTA E ROBSON RENATO 

Mediação do poeta Alan França

SEXTILHAS
TEMA:

HOJE EU ESTOU PREPARADO                       

Robson Renato
 Já amolei minha mente
E raspei lá do juízo
Todo o meu conhecimento
Que é tudo o que preciso
Pra versar com meu amigo
Alguns versos de improviso.                       

Poeta Chico Evangelista
 Sem precisar de aviso
Nem mesmo  de remetente
Bebi na fonte poética
Fortaleci minha mente
Pra subtrair na pisa
E multiplicar no repente                       

Robson Renato
Convidei a minha gente
Com pressa e sem empaio,
Afinei minha viola
Mas não fiz nenhum ensaio
Porque sou cantador grande
E não preciso de balaio.                       

Poeta Chico Evangelista
Eu também não me empaio
Mais fui me fortificar
pra  musa da poesia
Com versos me contemplar
E pra todos que apreciam
Eu com dom presentear.
                       
Robson Renato
Meu espírito fui adornar
Com as vestes do repente,
Tomei goles de improviso
Preenchendo a minha mente
E guardei os impercílios
No fundo do inconsciente.  
                    
Poeta Chico Evangelista
 Desopilei minha mente
Fiz faxina no juízo
Estudei o necessário
Fiz tudo  que foi  preciso
E joguei fora os  balaios
Pra fazer de improviso.

MOTE EM SETE
Nós dois pintamos o sete
No mundo da cantoria


Poeta Chico Evangelista
De mote até o galope
De sextilha a mourão
Trova soneto e canção
Só dá nós dois no ibope
Quadrão mineiro no tope
E coqueiro da Bahia
Quando eu voltava ela ia
E disputa na Internet
Nos dois pintamos o sete
No mundo  da cantoria.                      

Robson Renato
Somos poetas seletos
Nesse mundo do repente
E de forma consistente
Demonstramos dons completos.
Os HDs são repletos
Com "teras" de poesia,
E esse "doc" da alegria
Não tem ninguém que delete,
Nós dois pintamos o sete
No mundo da cantoria.                       

Poeta Chico Evangelista
Os  dois juntos completamos
O time da nova  era
E a poesia próspera
Dá  forma que fabricamos
Um cala boca já damos
Quem nos criticou um dia
Quem usou  demagogia
Virou  a nossa tiete
Nos dois pintamos o sete
No mundo da cantoria                       

Robson Renato
Somos cruéis no repente
E não carregamos carma,
E a viola é a melhor arma
Da nossa linha de frente.
De uma forma consistente
Lutamos com rebeldia,
Derrubando à revelia
Quem a besta ainda se mete,
Nós dois pintamos o sete
No mundo da cantoria.


MOTE EM DEZ
Meu passado, passou porém não passa
As lembranças que sinto do passado.

Robson Renato
Tempo bom que se foi  levando tudo
Quando o tempo com gosto consumiu,
Todo o tempo que o tempo sucumbiu
E agora sem tempo, não me iludo.
Eu já fui tão astuto e tão raçudo,
E agora me vejo sem o agrado,
Sou o boi que no rio será jogado
Pras piranhas cortarem como traça,
Meu passado passou, porém não passa
As lembranças que sinto do passado.                       

Poeta Chico Evangelista
Como  filme  na tela do cinema
Sem controle sem pausa e sem retorno
No HD da memória sem estorno
Se recorda com  letras de poema
No meu peito a saudade é equizema
E não  volta e jamais é alterado
Se acertou ou  também se foi  errado
São barreiras que não se  ultrapassa
Meu passado passou porém não  passa
As lembranças que sinto do passado.                     

Robson Renato
Tive fama, mulheres e dinheiro
Frequentei ambientes glamurosos,
Já provei dos sabores mais gostosos
E plantei desamores no canteiro.
Na colheita o tempo foi certeiro
E marcou cada traço do traçado,
Da videira o meu cacho foi cortado
Me restando essa face de uva passa,
Meu passado, passou porém não passa
as lembranças que sinto do passado.                       
                  
Poeta Chico Evangelista
 De momentos vivido em meninice
Travessuras  insanas mais foi feitas
E as broncas de mãe só eram aceitas
Para quê com o erro eu redimisse
E agora eu no topo da velhice
Sem mais broncas de mãe sou  condenado
E meu cérebro está danificado
Quê a massa cefálica não tem massa
Meu passado passou, porém não  passa
As lembranças que  sinto do passado.

MARTELO  AGALOPADO OU  DESAFIO E GALOPE

Poeta Chico Evangelista
Vou subir meu nível mais pouco é preciso
Porque meu colega não tem  competência
É fraco  de rima e não  tem essência
E é muita bobagem que sai  do juízo
Sem ter em quem bater eu me tranquilizo
Quê é muita injustiça eu querer massacrar
Mais com humildade eu vou lhe avisar
Procure outra arte outra freguesia
Mais não manche o brilho da nossa poesia
Nos dez de galope na beira do mar.

Robson Renato
Você é tão fraco e sem cortesia,
Seu verso é torto que nem a peteca
Você é buxudo, baixinho e careca
E por onde chega se acaba a alegria.
A sua cantiga tem zero valia
E mais uma coisa quero ressaltar,
Se Evangelista quiser me enfrentar
Terá que passar um ano retido,
Juntando as pregas do seu pé do ouvido,
Nos dez de galope da beira do mar.

Poeta Chico Evangelista
Seu aprendizado tá meio vencido
E sua bagagem tá sem conteúdo
Não tem resistência é fraco de tudo
Se acha importante metido a sabido
Tenta me ganhar  mais hoje eu duvido
Você  no galope me acompanhar
Duelar  comigo foi o seu azar
Quê piso por cima lhe jogo na lama
E acabo um pouquinho do resto da fama
Nos dez de galope na beira  do mar.

Robson Renato
A cova dos versos será sua cama
Cavada nas rimas do meu improviso
Pois sua cantiga só trás prejuízo
E todo o povo em coro reclama.
Tu és lamparina que perdeu a chama
E pelos escuros não pode enxergar,
Você se engana ou quer enganar
Vendendo pra todos a sua revista,
Mas nunca serás Lucas Evangelista
Nos dez de galope da beira do mar.

           
Agradecemos aos dois poetas,gênios da poesia.
Agradecemos ao poeta Alan pela mediação.
Agradecemos aos poetas e apologista que se deleitaram numa noite de poesia.

         

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