DESFIO
DE POESIA ENTRE OS POETAS
FRANCISCO
EVANGELISTA E ROBSON RENATO
Mediação
do poeta Alan França
SEXTILHAS
TEMA:
HOJE
EU ESTOU PREPARADO
Robson Renato
Já
amolei minha mente
E
raspei lá do juízo
Todo
o meu conhecimento
Que
é tudo o que preciso
Pra
versar com meu amigo
Alguns
versos de improviso.
Poeta Chico Evangelista
Sem
precisar de aviso
Nem
mesmo de remetente
Bebi
na fonte poética
Fortaleci
minha mente
Pra
subtrair na pisa
E
multiplicar no repente
Robson Renato
Convidei
a minha gente
Com
pressa e sem empaio,
Afinei
minha viola
Mas
não fiz nenhum ensaio
Porque
sou cantador grande
E
não preciso de balaio.
Poeta Chico Evangelista
Eu
também não me empaio
Mais
fui me fortificar
pra musa da poesia
Com
versos me contemplar
E
pra todos que apreciam
Eu
com dom presentear.
Robson Renato
Meu
espírito fui adornar
Com
as vestes do repente,
Tomei
goles de improviso
Preenchendo
a minha mente
E
guardei os impercílios
No
fundo do inconsciente.
Poeta Chico Evangelista
Desopilei
minha mente
Fiz
faxina no juízo
Estudei
o necessário
Fiz
tudo que foi preciso
E
joguei fora os balaios
Pra
fazer de improviso.
MOTE
EM SETE
Nós
dois pintamos o sete
No
mundo da cantoria
Poeta Chico Evangelista
De
mote até o galope
De
sextilha a mourão
Trova
soneto e canção
Só
dá nós dois no ibope
Quadrão
mineiro no tope
E
coqueiro da Bahia
Quando
eu voltava ela ia
E
disputa na Internet
Nos
dois pintamos o sete
No
mundo da cantoria.
Robson Renato
Somos
poetas seletos
Nesse
mundo do repente
E
de forma consistente
Demonstramos
dons completos.
Os
HDs são repletos
Com
"teras" de poesia,
E
esse "doc" da alegria
Não
tem ninguém que delete,
Nós
dois pintamos o sete
No
mundo da cantoria.
Poeta Chico Evangelista
Os dois juntos completamos
O
time da nova era
E
a poesia próspera
Dá forma que fabricamos
Um
cala boca já damos
Quem
nos criticou um dia
Quem
usou demagogia
Virou a nossa tiete
Nos
dois pintamos o sete
No
mundo da cantoria
Robson Renato
Somos
cruéis no repente
E
não carregamos carma,
E
a viola é a melhor arma
Da
nossa linha de frente.
De
uma forma consistente
Lutamos
com rebeldia,
Derrubando
à revelia
Quem
a besta ainda se mete,
Nós
dois pintamos o sete
No
mundo da cantoria.
MOTE
EM DEZ
Meu
passado, passou porém não passa
As
lembranças que sinto do passado.
Robson Renato
Tempo
bom que se foi levando tudo
Quando
o tempo com gosto consumiu,
Todo
o tempo que o tempo sucumbiu
E
agora sem tempo, não me iludo.
Eu
já fui tão astuto e tão raçudo,
E
agora me vejo sem o agrado,
Sou
o boi que no rio será jogado
Pras
piranhas cortarem como traça,
Meu
passado passou, porém não passa
As
lembranças que sinto do passado.
Poeta Chico Evangelista
Como filme
na tela do cinema
Sem
controle sem pausa e sem retorno
No
HD da memória sem estorno
Se
recorda com letras de poema
No
meu peito a saudade é equizema
E
não volta e jamais é alterado
Se
acertou ou também se foi errado
São
barreiras que não se ultrapassa
Meu
passado passou porém não passa
As
lembranças que sinto do passado.
Robson Renato
Tive
fama, mulheres e dinheiro
Frequentei
ambientes glamurosos,
Já
provei dos sabores mais gostosos
E
plantei desamores no canteiro.
Na
colheita o tempo foi certeiro
E
marcou cada traço do traçado,
Da
videira o meu cacho foi cortado
Me
restando essa face de uva passa,
Meu
passado, passou porém não passa
as
lembranças que sinto do passado.
Poeta Chico Evangelista
De
momentos vivido em meninice
Travessuras insanas mais foi feitas
E
as broncas de mãe só eram aceitas
Para
quê com o erro eu redimisse
E
agora eu no topo da velhice
Sem
mais broncas de mãe sou condenado
E
meu cérebro está danificado
Quê
a massa cefálica não tem massa
Meu
passado passou, porém não passa
As
lembranças que sinto do passado.
MARTELO AGALOPADO OU
DESAFIO E GALOPE
Poeta Chico Evangelista
Vou
subir meu nível mais pouco é preciso
Porque
meu colega não tem competência
É
fraco de rima e não tem essência
E
é muita bobagem que sai do juízo
Sem
ter em quem bater eu me tranquilizo
Quê
é muita injustiça eu querer massacrar
Mais
com humildade eu vou lhe avisar
Procure
outra arte outra freguesia
Mais
não manche o brilho da nossa poesia
Nos
dez de galope na beira do mar.
Robson Renato
Você
é tão fraco e sem cortesia,
Seu
verso é torto que nem a peteca
Você
é buxudo, baixinho e careca
E
por onde chega se acaba a alegria.
A
sua cantiga tem zero valia
E
mais uma coisa quero ressaltar,
Se
Evangelista quiser me enfrentar
Terá
que passar um ano retido,
Juntando
as pregas do seu pé do ouvido,
Nos
dez de galope da beira do mar.
Poeta Chico Evangelista
Seu
aprendizado tá meio vencido
E
sua bagagem tá sem conteúdo
Não
tem resistência é fraco de tudo
Se
acha importante metido a sabido
Tenta
me ganhar mais hoje eu duvido
Você no galope me acompanhar
Duelar comigo foi o seu azar
Quê
piso por cima lhe jogo na lama
E
acabo um pouquinho do resto da fama
Nos
dez de galope na beira do mar.
Robson Renato
A
cova dos versos será sua cama
Cavada
nas rimas do meu improviso
Pois
sua cantiga só trás prejuízo
E
todo o povo em coro reclama.
Tu
és lamparina que perdeu a chama
E
pelos escuros não pode enxergar,
Você
se engana ou quer enganar
Vendendo
pra todos a sua revista,
Mas
nunca serás Lucas Evangelista
Nos
dez de galope da beira do mar.
Agradecemos
aos dois poetas,gênios da poesia.
Agradecemos
ao poeta Alan pela mediação.
Agradecemos
aos poetas e apologista que se deleitaram numa noite de poesia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário