Um olhar igual ao seu
Aquele olhar penetrante
Enlevou meu pensamento
Senti no peito um esquento
A deixá-lo faiscante
Foi um olhar provocante
Que sem falar me rendeu
Meu corpo todo tremeu
Que levitei um segundo
Eu nunca vi neste mundo
Um olhar igual ao seu.
Seu olhar foi um punhal
Que rasgou meu coração
Brotou um pé de paixão
Que produz fruto plural
Um olhar angelical
Que de repente me encheu
E meu pensamento leu
Me maneira tão profundo
Eu nunca vi neste mundo
Um olhar igual ao seu.
Aquele olhar disse tudo
Que a boca não quis falar,
Mas eu pude interpretar
Depois que fiz um estudo
Percebi no conteúdo
Porque ele me prendeu
Um sorriso me moveu
É amor,pois não confundo.
Eu nunca vi neste mundo
Um olhar igual ao seu.
A medicina não cura paixão
Não tem remédio que cure
As doenças do amor.
Causa no peito uma dor
Que não há quem se segure,
Embora a cura eu procure,
Médico para a solidão
Pra dor do meu coração
Que se abriu uma fissura.
A medicina não cura
As doenças da paixão.
Procurei um especialista
Em doenças amorosas,
Tomei ervas amargosas
E de remédio uma lista.
Consultei geneticista,
Mas a resposta foi não.
Eu rodei feito pião,
Porque sinto uma amargura.
A medicina não cura
As doenças da paixão.
Por favor, alguém me diga
Qualquer tipo de remédio
Que me cure deste tédio
E que sane esta fadiga.
Esta doença me intriga,
Mas quero uma solução,
Pois meu pobre coração
Vem sofrendo esta tortura.
A medicina não cura
As doenças da paixão.
DE TANTO
QUERER TE AMAR
Oh minha querida amada
Não fique triste comigo,
Porque às vezes persigo
Pra te ver bem animada.
Sei que ficas chateada
Quando eu fico te chamando.
Nossos olhos vão cruzando
E eu me firmo em teu olhar.
De tanto querer te amar
Acabei te machucando.
Eu te peço até perdão
Se um dia te machuquei,
Porque eu me apaixonei;
Não dominei a paixão.
Quando escuto uma canção
As lembranças vão chegando,
Sinto o peito acelerando...
Eu desejo te encontrar.
De tanto querer te amar
Acabei te machucando.
Eu não nego pra ninguém
Que sou louco por você,
Não me pergunte o porquê
Nem faça de mim desdém.
O meu amor se mantém;
É certo,não estou blefando.
Sinto meu peito sangrando
Ao te ver me desprezar.
De tanto querer te amar
Acabei te machucando.
Sonho contigo em meus braços
Vendo seus lábios risonhos
E eu matando meus sonhos
Recebendo teus amassos.
Explorando teus espaços
E a tua boca beijando,
E quando estás me abraçando.
Viajo neste sonhar
De tanto querer te amar
Acabei te machucando.
QUEM PADECE NO BAR DA SOLIDÃO
Minha vida não tem mais serventia
Porque fui neste mundo desprezado
Todo dia eu durmo embriagado
Eu não sei o que é mais alegria
Hoje sinto que minha alma está vazia
Por não ter ao meu lado minha amada
A bebida se tornou minha aliada
Uma dor triturou meu coração
Quem padece no bar da solidão
Fica bêbado de amor na madrugada.
Eu carrego meu fardo tão pesado
De tristeza, aflição e bebedeira
Porque sinto a saudade sorrateira
Pincelar com descrença meu passado
O caminho do amor está fechado
A bebida me fere como espada
Quando lembro da minha ex-namorada
Eu me sinto perdido e até sem chão
Quem padece no bar da solidão
Fica bêbado de amor na madrugada.
Eu já vivo na rua da amargura
Minha casa é um triste botequim
Os meus dias parecem não ter fim
Um exílio de noite me enclausura
Minha vida só resta uma moldura
E minha alma já está dilacerada
Cada copo que bebo é uma pancada
Meus anseios viraram ilusão
Quem padece no bar da solidão
Fica bêbado de amor na madrugada.
Mote: Juciana Miguel
VOLTEI
Minha querida, eu voltei
Com meu coração ferido
Pra dizer que estou sofrendo,
Mas que eu estou decidido
A tomar novo destino
Pra este amor clandestino
Que me deixou tão perdido.
Eu voltei desiludido
De uma falsa paixão.
O cupido me fechou
Com flechas da ilusão.
E num sonho desvairado
Eu me vi apaixonado
Sem saber qual a razão.
O meu pobre coração
Desejoso alimentava
De uma falsa esperança
Que meu peito maltratava.
Eu sozinho no meu canto
Sofrendo e vertendo pranto
Tu me vias,nem ligava.
Esta dor me torturava,
Mas de repente acordei
Deste sonho impiedoso
Que sofrendo alimentei.
Consciente que perdi,
Eu vim só dizer a ti
Que noutro amor me ancorei.
Desta ilusão me livrei;
Formatei meu coração.
Não quero mais me apegar
A quem não dá-me atenção.
Assim como um passarinho
Encontrarei outro ninho
Para minha distração.
Vim te entregar a paixão
Meu carinho e meu sonhar.
Fique com todos abraços
E as noites de luar.
Com o peito ardendo em dor,
Eu guardarei o amor
Que não chegou começar.
Prometo,não vou chorar
Já que nunca ouvi teu sim.
Esquecerei de teu nome;
Darei mais valor a mim.
Não suplico piedade,
Mas eu sentirei saudade
De um lance que teve fim.
Sei que não pensas em mim,
Nem sentes por minha dor.
Na minha ânsia maluca
Chamei-te de minha flor.
Fiz um alto investimento
E o que sinto no momento
É tristeza e amargor.
Vá desfrutar seu amor
Que eu vou cuidar te esquecer.
Vou curar minhas feridas
Que faz parte do sofrer.
Saio de cabeça erguida
Dando rumo a minha vida
Pra nunca mais me perder.
Não quero mais me exceder...
Siga em paz o seu caminho.
Sinto constrangido, pois,
Mendiguei o teu carinho.
Não conquistei teu amor,
Saí como perdedor
Por isto eu sigo sozinho.
CONFISSÕES
Oh minha,deusa querida,
Eu me apaixonei por ti.
E mesmo estando distante,
Eu lutei e não desisti.
E neste prazer medonho
Eu realizo meu sonho
De te dizer:eis me aqui!
Momentos triste eu vivi,
Foi por uma boa ação.
A distância deu-me força,
Reforçou mais a paixão.
Hoje, demos grandes passos,
Quando te vejo em meus braços,
Alegra o meu coração.
E quantas vezes chorei
Sentindo a dor da saudade!
E a dor era revertida
Em desejo mais vontade.
De provar o teu carinho,
Pois eu vivia sozinho
Sem minha cara metade.
A distância, meu amor,
Nunca foi uma barreira?
Porque eu contava as horas
Pra te ter a vida inteira.
E não era uma ilusão,
Porque no meu coração
Tinha acesa uma fogueira.
Mas eu nunca duvidei
Da paixão, do teu amor.
Quando falavas comigo
Com teu jeito abrasador,
Tua voz me conquistava,
A paixão se renovava
Neste peito sonhador.
Eu sonhava com teus beijos,
Só pensava em te abraçar.
E dormirmos bem juntinhos
Sem ninguém pra atrapalhar.
Nesta ansiedade louca
De beijar a tua boca
E no sonho viajar.
Hoje é tudo diferente,
Porque tu estás aqui.
Realizarei meus sonhos
De viver juntinho a ti
C'a distância dissipada
Gritarei:vem minha amada,
Esta batalha eu venci.
Em nosso primeiro encontro,
Sinto no peito um abalo.
Ver você em minha frente,
Pra mim é o melhor regalo.
E neste belíssimo ensejo,
Matarei todo desejo
Amando sem intervalo.
Uma cama nos espera;
O desejo nos convida.
Uma chama se inflama
E uma vontade trepida.
Sinto teu corpo fervendo,
Uma emoção me envolvendo...
A distância vou vencida.
Confessei meu sentimento,
Pois tinha que te falar,
Mas agora,minha deusa,
Vem meu sonho completar.
E vamos pra o infinito
Viver este amor bonito
E viver só de sonhar.
VAI,SAUDADES!
Eu não sei o que é felicidade,
Logo após minha amada ir embora.
Uma dor me maltrata e me devora...
Desse amor não sobrou nem amizade.
Eu só peço atenção por caridade
Só pra ver se ameniza este sofrer.
Como é triste eu contar meu padecer;
Pois quem ver não entende o dissabor
Vai,saudades, dizer pra meu
amor
Que sem ela eu não posso mais viver.
Eu mandei a saudade visitar
A mulher que lançou meu coração,
E dizer-lhe que eu morro de paixão
E sem ela eu não vou mais suportar.
A saudade que sinto é de matar
E a distância provoca padecer.
Eu espero que antes de morrer
Ela venha tirar-me desta dor.
Vai,saudades, dizer pra meu amor
Que sem ela eu não posso mais viver.
Oh, saudade,transmita esta
mensagem
Por favor, e espere uma resposta,
E pergunte se,de mim, ainda gosta
Ou se tudo não passa de miragem.
Diga a ela que guardo a sua imagem
Que não tenho vontade de comer.
Já bebi pra tentar lhe esquecer,
Mas eu choro lembrando seu calor.
Vai,saudade, dizer pra meu amor
Que sem ela eu não posso mais viver.
Aproveita,saudade,e diga a ela
Que a noite eu não durmo, falta sono.
Que sem ela me sinto um rei sem trono
E que a falta de um beijo em mim martela.
É só ela que cura está sequela
E não deixe meu sonho fenecer,
Pois eu quero seu nome proteger
E que atenda este meu último clamor.
Vai,saudade,dizer pra meu amor
Que sem ela eu não posso mais viver.
A insônia tornou-se companheira
Deste ébrio tristonho e sofredor,
O silêncio das noite traz a dor
E a saudade tornou-se rotineira.
Os meus olhos formou-se cachoeira
E a tristeza só vem pra me abater.
Eu não tenho ninguém pra me acolher,
Porque ela levou meu bom humor.
Vai,saudade, dizer pra meu amor
Que sem ela eu não posso mais viver.
Mote:Ramon Medeiros
ENFIM, O FIM
Querida, meu coração
É de carne e não de ferro!
Não me trate com desdém,
Este papo,hoje,encerro.
Vou seguindo minha lida
Com a minha alma ferida,
Nossa história aqui enterro.
Pra você sou eu quem erro,
Mas confesso que eu errei,
Quando fitei nos teus olhos
E por ti me apaixonei.
Senti no peito um alento,
Pois nascia um sentimento
E pra ele me doei.
Pra você me facultei;
Por seu amor fiquei preso.
Eu te dei toda atenção,
Fui sincero, fui coeso.
Hoje colho só maldades,
Atendi suas vontades,
Mas recebi seu desprezo.
Como animal indefeso
Sem forças pra revidar,
Assim caminhando vou
Sem forças pra batalha.
A tristeza me consome;
A esperança se some
Como a noite de luar.
Seu nome, vou deletar
E tirá-lo da memória.
Esquecer esta aventura,
Escrever nova história.
Tudo virou ilusão
Neste mar de solidão
Desta paixão ilusória.
Terei outra trajetória,
Mas sequer sei o caminho.
Na imensidão do mundo
Com sentimento mesquinho.
Bebendo a melancolia
Ao lado da letargia
Por entre um redemoinho.
Há no meu peito um espinho
Que me causa grande dor.
A solidão traiçoeira
E a culpa de perdedor.
Meus dias são infelizes
E na mente as cicatrizes
De quem chora por amor.
A espada do rancor
Atingiu meu coração
Ferindo meus sentimentos
Com veneno da ilusão.
Estou perdido sem o prumo,
Para amar perdi o rumo,
Pois me tornei abstração.
Estou preso por grilhões
Na tal cela da amargura.
Sou do amor prisioneiro
Nesta prisão obscura.
Seu amor não alcancei,
Confesso que fracassei
E a solidão me tortura.
Sua falta me tritura...
Perdi da vida o encanto.
Eu não fui correspondido,
Com esta dor me transplanto.
E num desgosto profundo,
Eu me lançarei no mundo
Pra ninguém ver o meu pranto.
El Gorrión
Itatuba-PB
Por causa de uma paixão
Eu me entreguei a bebida,
Danifiquei minha vida
Chorando a tal solidão.
Sem ela no meu colchão,
O meu peito verte a dor.
Já não tenho mais humor,
Choro a noite meus pesares.
Estou morando nos bares
Por causa de um grande amor.
Eu já fui bom cidadão
De prestígio,respeitado,
Me sentia muito amado
Com prazer no coração.
Mas com a separação
Eu fui perdendo o valor,
A solidão com pavor
Me levou pra outros mares.
Estou morando nos bares
Por causa de um grande amor.
Eu que abandonei meu lar
E até mesmo meu emprego,
E perdi todo aconchego;
Fui pra rua lamentar.
Pra comer fui esmolar...
Pra mim foi a maior dor.
Perdi da vida o sabor,
Me contentei com cantares.
Estou morando nos bares
Por causa de um grande amor.
Eu me afoguei na cachaça
Com ela em meu pensamento,
Veja aqui meu sofrimento
Só a tristeza me abraça.
Eu sou assunto na praça:
Tachado de perdedor.
Ninguém me dá mais valor;
Meus sonhos foram pra os ares.
Estou morando nos bares
Por causa de grande amor.
Mote:Gil Martins
Glosa : Poeta El Gorrión
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