Eu
Sou
poeta El Gorrion
Que
madeira não derruba
João
Martins de Athayde
É
quem minha mente aduba
Versejo
com alegria
Tenho
minha moradia
Na
cidade de Itatuba.
Eu
nasci pra ser poeta
E
pela arte tenho amor
Sou
escritor de cordel
E
formado professor
Abraço
a literatura
Sou
amante da cultura
Deste
Brasil multicor
A
cultura nordestina
Está
no meu coração
Sou
defensor dos costumes
E
da nossa tradição
Tenho
minha trajetória
E
cosntrui minha história
No
sol quente do sertão.
Sou
a voz do cantador
Sou
o canto do vaqueiro
Sou
Ariano Suassuna
Sou
Jackson com seu pandeiro
Sou
Catulo da Paixão
Sou
Padre Cícero Romão
Sou
Gonzaga sanfoneiro.
Sou
poeta Sonhador
Sou
cabra de Lampião
Sou
festa de vaquejada
Sou
Luiz rei do baião
Sou
Otacílio Batista
Sou
rima do cordelista
Sou
o cantar do carão.
Sou
Leandro de Pombal
Que
cumpriu bem seu papel
Sou
fogueira de São João
Sou
D'almeida o menestrel
Sou
caboclo nordestino
Sou
Pinto desde menino
Sou
o folheto de cordel.
Velho
Quando o sujeito envelhece
Mas acha que inda é fogoso
Quando ver uma mulher
Posa logo de gostoso
Fica se vangloriando
E pra mulher acenando
Chega perto e fala: "oi"
Na hora de "forunfar"
Ele começa a falhar
Velho só conta o que foi.
Tem homem de meia idade
Que só faz contar vantagem
Mostra sua vaidade
Mas que tudo é pabulagem
Já anda todo envergado
Mesmo assim é amostrado
Diz que até segura um boi
Mas sequer pode correr
Eu só quero lhe dizer:
Velho só conta o que foi.
Quando bebe com amigos
Se mostra ser o machão
Mas ao ver os inimigos
Cobre o rosto com a mão
Começa tremer de medo
Fala: "eu vou pra casa cedo!
Preciso cuidar de um boi"
Sai capanga e soluçando
E na estrada pensando:
Velho só conta o que foi.
Deixe de ser pabuloso
E comece a se "aquetar"
E se aceite como idoso
Não queira mais se amostrar
Pare de beber cachaça
Porque você só faz graça
Nem come carne nem "môi"
Sua força está morrendo
E a consciência dizendo:
Velho só conta o que foi.
Homenagem
a Jackson Centenário
Foi lá em Alagoa Grande
Que o rei do ritmo nasceu,
Em Campina ele cresceu
E de lá ele se espande.
Seu nome está no estande
E a Paraíba se ufana.
Seu ritmo ninguém profana...
Tem fama no mundo inteiro.
Eu vi Jackson do Pandeiro
Xaxando Sebastiana.
Fui ao forró pra dançar
E fiquei lisonjeado,
Pois tinha um cara arretado
Que tocava sem parar.
Eu comecei me soltar
Com uma moça bacana.
Bebi um litro de cana,
Mas no fim voltei solteiro.
Eu vi Jackson do Pandeiro
Xaxando Sebastiana.
Jackson deixou seu legado
De canções para o planeta,
Atingiu grande faceta
Com forro, xote e xaxado.
Tem seu nome eternizado;
Foi grande figura humana.
Tornou-se uma lenda urbana
Do Forró de Limoeiro.
Eu vi Jackson do Pandeiro
Xaxando Sebastiana.
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