Festival 1

Tendo Deus como raiz
Não se apaga a esperança
Uma casa se completa
E a felicidade avança
E tudo se concretiza
Com  sorriso criança.

Mulher que tem ousadia
Sempre mostra seu cartaz
Quando o marido se altera
Ela com calma desfaz
Busca com tranquilida
Semear somente a paz.

Um casal com diretriz
Que convive com sossego
E quando sente atraído
Inventa logo um chamego
Pode faltar tudo em casa
Mas não faltará sossego.

Um  casal com reverência
Onde o amor é duradouro
Deixa a família feliz
Faz do lar grande tesouro
Na casa que brota paz
Vale mais que o mundo em ouro.

Eu lhe dei casa e comida
Aconchego e muitas flores
Dei alegrias de amores
Dei parte de minha vida
Cuidei da sua ferida
Mas sempre lhe vi discreta
Talvez eu fora um pateta
Não casando na matriz
Eu fiz de tudo e não fiz
Você feliz por completa.

Desejei ser seu marido
Para ser seu protetor
Ofereci  todo amor
Mas você não deu ouvido
Sequer ouviu meu pedido
Ou me perdi nesta meta
A minha sorte inquieta
Tornou-me um ser infeliz
Eu fiz de tudo e não fiz
Você feliz por completa.

Na dimensão do meu céu
Até meu sol se apagou
E a sua luz não brilhou
Apagou se o fogaréu
E a lua tornou-se réu
E eu tombei na sua reta
Você bem que arquiteta
Pois seu olhar é quem diz
Eu fiz de tudo e não fiz
Você feliz por completa.


O meu verso é batida de martelo
Quando pega um poeta pobre e fraco
Eu seguro no braço e meto o taco
Que o coitado de dor fica amarelo
Depois faço comer feno e farelo
Pois estou entre os grandes vencedores
Já bati em gigantes glosadores
Que a munheca até hoje vive inchada
O meu verso é a marca registrada
E assombro pra muitos cantadores.

Nos caminhos da vida do repente
Eu já sou verdadeiro campeão
Pois não tem no Brasil nem no Japão
Um poeta que cante em minha frente
Neste mundo torne-me irreverente
Por versar sobre a vida e suas dores
Sei cantar dos boêmios seus pavores
Que lamentam na fria madrugada
O meu verso é a marca registrada

E assombro pra muitos cantadores.