sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Os sete pecado capitais



Quem não percebe os defeitos
Mas por pouco faz barulho
Só vê suas qualidades
E as dos outros como entulho
É arrogante e convencido
Tem seu coração detido 
Pelo pecado do orgulho.

Saiba que o ódio é veneno
Quando a pacatez se expira
A calma passa distante
E com raiva, palavra, atira
Desnudando-se do amor
Da vez e voz pra o rancor
Porque da vazão pra ira.

Sem coragem e com desanimo
O seu tempo desperdiça
Não trabalha, não faz nada
Mas só deseja e cobiça
Com pouca disposição
Apresenta lentidão
Este amigo da preguiça

O sentimento de inveja
Que corrompe com maldade
Faz o sujeito querer
Com indomável vontade
Aquilo que o outro tem
E fica triste se alguém
Consegue prosperidade.

Um desejo desmedido
Pelos prazeres carnais
A luxúria é um pecado
Já registrado em anais
Com desejo incontrolado
Tem pensamento voltado
Pra os prazeres sexuais.

O homem que é avarento
E que abraçar o mundo inteiro
Ama os bens materiais
É sovina e tranbiqueiro
É cego pela avareza
Pois não enxerga a beleza
Porque só pensa em dinheiro.

A gula deixa a pessoa
Possessiva por comer
Com desejo insaciável
Come por puro prazer
Com ânsia de um animal
Degluta  além do normal
Comendo sem se conter.


FELIZ ANIVERSÁRIO ELSON GOMES



Evangelista Élson Gomes
É poeta e escritor
É dirigente da igreja
E pela obra tem amor
É um servo abençoado
Pelas mãos do salvador.

Ele é grande pregador
Das palavras de Jesus
Com sacrifício ele vai
Carregando a sua cruz
Ao lado do Deus fiel
Que é seu guia e sua luz.

É o senhor quem lhe conduz
Pra ele sempre crescer
E cuidar deste rebanho
E nunca desvanecer
As ovelhas desta Igreja
Só que ver ele crescer.

Quem quiser lhe conhecer
Este nosso amado irmão
É natural do Ingá
Lá pras banda do Surrão
A mãe se chamava Diva
E o seu pai era Japão.

Ele é homem de oração
Ora com afinidade
E nunca mediu distância
Para buscar a verdade
Tem prazer em ser cristão
E de fazer amizade.

Élson não tem vaidade
Verseja com maestria
Por onde passa ele leva
Palavras de com alegria
Mas o destino tirou
A sua amada Maria.

Ele sente a nostalgia
Que muito lhe abateu
Mas com muitas orações
O Senhor lhe socorreu
A Igreja em Serra Velha
Com carinho lhe acolheu.

Com a obra se envolveu
Não cansa de trabalhar
A gente já percebeu
Seu amor pelo lugar
Já esta fazendo uma casa
Porque quer aqui morar.

Não querendo lhe agradar
Mas o senhor nos faz bem
O seu amor pela obra
É o que de pé lhe mantém
Toda sua recompensa
Virá lá em Jerusalém.

Mas nesta hora a igreja
Neste belíssimo cenário
Quer lhe parabenizar
Pois pra nós é necessário
Toda igreja lhe deseja
Um feliz adversário.

E cada irmão voluntário
Deseja-lhe paz e bens
Que Jesus lhe recompense
Com benção que sobrevéns
E só resta lhe dizer
Irmão Élson parabéns.

Seis que as bênçãos lhe convém
E Deus dará diretriz
Pra que nesta caminhada
E se apague a cicatriz
Que cada dia na terra
O irmão seja feliz.

E cada membro é quem diz
Irmão Élson, obrigado
Que a cada dia que passa
Seja mais abençoado
E saiba que esta igreja
Está sempre do seu lado.

El Gorrion x Zé Duardo - Festival Encontro com a poesia



Depois que passou noventa
E dois mil se aproximava
Se acabava o duradouro
O descartável chegava
Educação ia embora
E os maus costumes ficava.

A ciência alavancava
Houve mais  evolução
As pesquisas pelo mundo
Tiveram mais ascensão
Até mesmo a internet
Chegou pra população.

Teve grande alteração
Passando desse decênio
Nove séculos, oito décadas
Formaram grande convênio
Fechando assim mais um século
Começando outro milênio.

Com a virada do milênio
Tudo  começou mudar
Veio a globalização
Fez o mundo se integrar
E as distâncias se encurtaram
Com o tal do celular.

Ele passou pra deixar
Lembranças nas nossas mentes
Marcou a vida de muitos
De idades diferentes
Saudosismos dos mais velhos
Infância dos mais recentes.

Houve mudanças patentes
No aquecimento global
Na formação da família
Na leitura do jornal
E a ciência até criou
Amizade virtual.

Essa década foi legal
Mas passou e foi embora,
Depois dela veio duas
A terceira vem agora
E a cada uma que passa
Sempre aparece melhora.

O moderno é quem vigora
Com muita tecnologia
Com as redes sociais
Mudou-se a fotografia
Depois dos anos noventa
O mundo ganhou magia.

No meu tempo de  criança
Com meu cavalo de pau
Toda noite de luau
Acendia-se a esperança
Em casa tinha festança
Era a maior diversão
Balançar era  a atração
E eu brincava o dia inteiro.
O balanço do terreiro
Balança recordação.

Meu avô fez um brinquedo
Com um taco de enxada
Com uma corda amarrada
Num galho dum arvoredo
Me balançava sem medo
Pegando a corda na mão
Empurrava o pé no chão
Satisfeito e tão faceiro
O balanço do terreiro
Balança a recordação.

Eu recordo com lamento
Do meu pé de trapiá
Do canto do sabiá
Que trazia um sentimento
Não me esqueço um só  momento
Dos brinquedos do sertão
Mas quem chamou atenção
Foi  aquele pioneiro
O balanço do terreiro
Balança recordação.

No terreiro dos meus pais
Balancei a namorada
Quando ela era empurrada
Ficava feliz de mais
Puchava ela pra trás
Lhe segurando com a mão
Selinho sem pretensão
Era paga sem dinheiro
O balanço do terreiro
Balança a recordação.

Eu com minha namorada
Corria para o balanço
Brincava sem ter descanso
Que deixava ela  açoitada
De vez em quando uma olhada
Por debaixo do pendão
Era tamanha a emoção
Que eu não troco por dinheiro
O balanço do terreiro
Balança recordação.

Saí de casa e voltei
Passado uns quinze anos
O maior dos desenganos
Meu balanço não achei
O pé de pau encontrei
Sem corda sem travessão
Olhei pra imensidão
Revi o tempo primeiro
O balanço do terreiro
Balança a recordação.




Amei ela porém o que ganhei
Foi o fim da história por capricho
Fui atrás me humilhando como bicho
Vários nãos por resposta escutei
Só deus sabe o tanto que eu tentei
E do tanto que isso me afetou
Sem poder consertar o que quebrou
Vou chorar para toda eternidade
Minha alma soluça de saudade
Dos abraços que ela me ofertou.

A saudade bateu na minha porta
Carregada de espinhos de ilusão
Espetando o meu frágil coração
Nesta hora  o passado me transporta
Ao momento que vi minha mãe morta
O meu peito de dor se despencou
Uma lágrima tristonha borbulhou
Esta  vida perdeu a validade
Minha alma soluça de saudade
Dos abraços que ela me ofertou.

Já gostei de pessoas sem noção
Já amei e não fui recompensado
Superei e hoje em dia sou casado
Me conformo com a minha relação
Mas quem sempre guardou meu coração
Nem se lembra que a ele conquistou
Foi embora mas antes arrancou
Do meu peito deixando a cavidade
Minha alma soluça de saudade
Dos abraços que ela me ofertou.

Eu carrego meu fardo tão pesado
De tristeza, aflição e ruedura
Porque sinto a saudade que tortura
Pincelar com descrença meu passado
O caminho do amor está fechado
E a lembrança do beijo em mim ficou
Meu castelo de sonhos definhou
E o desejo ficou só na vontade
Minha alma soluça de saudade
Dos abraços que ela me ofertou.