terça-feira, 7 de outubro de 2014

VAQUEIRO TEM CORAÇÃO E TEM DIREITO A AMAR

O vaqueiro é afamado
Adora cuidar do gado
No seu cavalo montado
Seu canto solta no ar
Quando saia campear
Canta uma bonita canção
Vaqueiro tem coração
E tem direito a amar.

Sua luta é noite e dia
Trabalha com alegria
Com o gado tem simpatia
Trabalha sem reclamar
Não tem tempo pra brincar
Só a vê a obrigação
Vaqueiro tem coração
E tem direito a amar.

O vaqueiro é sofredor
Muitos não lhe dão valor
Até lhe falta amor
Seu negócio é trabalhar
Pra ver o gado engordar
E agradar ao patrão
Vaqueiro tem coração
E tem direito a amar.

Falta tempo pra mulher,
Mas não é porque ele quer
Nem um descanso sequer
Falta tempo pra amar
Do gado tem que cuidar
Dá água e fazer ração
Vaqueiro tem coração
E tem direito a amar.

O cavalo é seu amigo
Vive correndo perigo
A fazenda  é seu abrigo
Não pode nem passear
Forró não pode dançar
Aboio é sua canção
Vaqueiro tem coração
E tem direito a amar.

Passa ano entra ano
E no maior desengano
Vaqueiro é um ser humano
E precisa descansar
Suas férias é campear
O gado é sua diversão
Vaqueiro tem coração
E tem direito a amar.
  
Seu esporte é vaquejada
Sua comida é coalhada
Sua festa é tourada
Gosta de beber e farrar
Só não pode exagerar
Pra não haver demissão
Vaqueiro tem coração
E tem direito a amar.

O patrão lhe recomenda:
-Tome conta da fazenda,
Trabalhe e me surpreenda
Deixe o gado pastar.
Um aboio solto no ar
Engrandecendo o Sertão
Vaqueiro tem coração
E tem direito a amar.
  
Acorda de madrugada
Deixa os filhos e a amada
Só escuta a passarada
Que vem lhe cumprimentar
As vacas vai a ajuntar
Pra fazer a lactação
Vaqueiro tem coração
E tem direito a amar.

O vaqueiro é corajoso
Monta em cavalo manhoso
Corre atrás de boi tinhoso
Com desejo de pegar
Botar máscara e capar
E prender o barbatão
Vaqueiro tem coração
E tem direito a amar.

A vaquejada  ele ama
Palestra com a vaqueirama
Abraça logo uma dama
Puxa ela pra dançar
Beber cachaça e farrar
Sem esquecer o gibão
Vaqueiro tem coração
E tem direito a amar.

Peço a todo fazendeiro
Pra cuidar bem do vaqueiro
Pague a ele um bom dinheiro
Pra que venha se animar
Pra os seus bens conta tomar
Com maior satisfação
Vaqueiro tem coração
E tem direito a amar.

Autor:Pádua Gomes Gorrión




quinta-feira, 29 de maio de 2014

GUARDO NA MINHA LEMBRANÇA OS BEIJOS QUE TU ME DESTES.



Foi numa noite de lua,
O céu estava estrelado
E eu contigo abraçado
Minha mente desvirtua.
Deixei você ficar nua
E eu já estava sem vestes,
Deixemos pra lá os contestes.
Firmei-me em tuas tranças.
Guardo nas minhas lembranças
Os beijos que tu me destes.

Tu dizias: “Quero mais!”
Gritava alto e insistia,
Eu via tua euforia,
As fantasias eram reais.
Registrei em meus anais
Que nós passamos nos testes.
As testemunhas celestes
E uma  bela noite mansa.
Guardo na minha lembrança
Os beijos que tu me destes.

Aquela noite de amor
Não sai de minha memória.
Faz parte de minha história
De  afeto e de fervor.
Eu te vi em resplendor
E o  teu corpo expusestes.
Fiz de tudo que quisestes
Com a maior segurança.
Guardo na minha lembrança
Os beijos que tu me destes.

Senti teu corpo queimar,
Teu desejo era imenso.
Vi o teu corpo propenso
Desejoso pra amar.
Sentir você delirar
Tirando as últimas vestes,
Foi quando te dispusestes,
Minha vontade avança
Guardo na minha lembrança
Os beijos que tu me destes.

A noite do nosso amor
Ninguém ainda esqueceu.
O teu corpo junto ao meu
Foi algo embriagador.
O teu beijo, teu odor.
E os teus seios cafajestes.
A noite não teve vestes,
Mas uma grande festança.
Guardo na minha lembrança

Os beijos que tu me destes.

                                                      El Gorrión

sexta-feira, 16 de maio de 2014

AS PROFISSÕES



Este folheto eu escrevo
E dedico aos professores
Pra ilustrar suas aulas
Facilitando os labores
Falo de profissionais
Que com seus dons divinais
São bons colaboradores.

São estes trabalhadores
Que constroem nosso Brasil
Fazendo um país próspero
Com seu porte varonil
Precisam ser conhecidos
Que não fiquem esquecidos
Neste céu azul de anil.

O PROFESSOR que ensina
É quem forma o cidadão
Mostra o caminho para o bem
Pra toda civilização
Reparte conhecimentos
Dá os primeiros rudimentos
Pra o bem desta nação.

O MOTORISTA dirige
No seu carro ou do patrão
Seja pequeno ou grande
Do fusquinha ao caminhão
Tendo este um bom perfil
Conta este imenso Brasil
Com o progresso pra nação.

O ELETRICISTA trabalha
Instalando em apartamento
Casa, prédio ou fazenda
Ligado a todo o momento
Pra não tomar nenhum choque
Caso em um fio toque
E venha o falecimento.

O VAQUEIRO vive pra o gado
Seu esporte é vaquejada
Tira leite, faz ração
Acorda-se de madrugada
Montado em seu cavalo
Todo dia neste embalo
Cantando aboio e toada.

O GARI varre a rua
Pra o povo caminhar
Deixa a rua bem limpinha
Pra ninguém não reclamar
Com carroça e vassourão
Ele veste seu blusão
E trabalha até suar.

O PEDREIRO é quem constrói
Casa pra gente morar
Onde tiver construção
Ele está pra trabalhar
Com colher, massa e tijolo
Ele enfrenta qualquer rolo
Pra seus filhos sustentar.

O MÉDICO trata as doenças
Trabalha no hospital
Passa remédio pra tudo
Para curar qualquer mal
Com sua especialidade
Ele tem capacidade
E ainda o dom divinal.

O PADEIRO faz o pão
Para o povo todo dia
Enquanto a cidade dorme
Ele está na padaria
Porém chegando cedinho
Tem pão gostoso e quentinho
Pra se comer com alegria.

O BOMBEIRO apaga incêndio
Apaga fogo, salva vida
Corre risco de morrer
É difícil sua lida
O salário é cruel
Ele cumpre com o papel
Da profissão,mui sofrida.

O MECÂNICO é excelente
Quando o carro der defeito
Ele conserta e dar conta
Pra tudo ele tem um jeito
Motor e caixa de macha
Se suja todo de graxa
Mas deixa tudo perfeito.

O POLICIAL garante
Toda nossa segurança
Se é civil ou militar
Federal tem mais pujança
Não é bem remunerado
Mas dar conta do recado
É só ter nele confiança.

O ADVOGADO defende
O réu perante o juiz
Pra tudo ele tem respostas
Escuta e não se contradiz
É profissão de destaque
No que tange a lei é craque
É isto que o povo diz.

O ENFERMEIRO elegante
Trabalha no hospital
Cuidando na enfermaria
De quem está passando mal
É quem aplica injeção
Verifica a pressão
E a farda lhe da moral.

O COZINHEIRO faz comida
Cada um tem seu tempero
Em restaurante e hotel
Ele é quem chega primeiro
Faz pratos apetitosos
Petiscos muito gostosos
De longe se sente o cheiro.
  
O DENTISTA é quem cuida
Da nossa saúde bucal
Ele arranca ou restaura
Se o dente está mau
Nos da dica e orienta
Sua mão é leve lenta
Quando faz um bom canal.

É o AGRICULTOR que planta
Fava, milho e feijão
É quem faz chegar comida
Na mesa desta nação
Não é bem reconhecido
Passa até despercebido
Este nobre cidadão.

O PINTOR pinta a casa
Pinta a rua e apartamento
Com o pincel em sua mão
Pinta quadro com talento
Sabe usar diversas cores
Pinta ilusão e mores
E até a dor e sofrimento.

A EMPREGADA DOMÉSTICA
O dia todo trabalha
Arrumando e passando
E não pode deixar falha
Às vezes são assediadas
Seus patrões lhe dão cantadas
E algumas caem na malha.

O JARDINEIRO é quem cuida
Das flores e do jardim
Tanto rega como cuida
Rosas, hortênsias e jasmim
Sua vida é perfumada
Dá flores a sua amada
Que a ama até o fim.

O GARÇOM na lanchonete,
No hotel, no restaurante
É quem seve a clientela
Com seu porte elegante
Passeia de mesa em mesa
A gorjeta é sua defesa
Pra levar a vida avante.

O COVEIRO é temido
Trabalha no cemitério
Vive em contato com os mortos
E não teme este mistério
Limpa túmulo, cava cova,
Pinta, zela e renova
E seu serviço leva a sério.

O VETERINÁRIO é
O médico dos animais
Ele cuida com carinho
De gatos, bois e chacais
De animal de estimação
Seja qualquer criação
Ele trata por iguais.

O ENGENHEIRO CIVIL
Projeta as construções
Faz planta de edifício
Com todas as repartições
Todo dia está na obra
Conserta, reclama e cobra
Pra ver as belas mansões.

A COSTUREIRA costura
Vestido, blusa e blusão
Sua máquina faz de tudo
Calça, calcinha e calção.
São verdadeiras artistas
E até famosas estilistas
Com moda inverno e verão.

O FOTOGRAFO faz as fotos
Registra acontecimentos
Aniversario, batismo
E fotos para documentos
Sempre é requisitado
Deixa tudo registrado
Você dirá os momentos.

O FERREIRO apronta o ferro
Enxada, foice e machado
Se trabalha em construção
Armador ele é chamado
Tudo que é ferro ele entende
Ao seu trabalho se prende
Na obra é valorizado.

O CABELEIREIRO é
Quem cuida do visual
Corta cabelo, ajeita
Nos deixa mais sensual
Pinta, estica e massageias
Alonga, apara e penteias
Da transformação total.

O JORNALISTA imponente
É quem me deixa informado
No rádio ou televisão
No trabalho é dedicado
Tudo ele noticia
Fazendo com maestria
Dando conta do recado.

O PESCADOR corajoso
Sua vida é só pescar
Com anzol, rede e tarrafa
Pesca em poço, rio ou mar
Pesca peixe pra vender
O miúdo é pra comer             
 E pesca até pra exportar.

Agradeço ao pai divino
Criador do mundo inteiro
Rege os profissionais
Neste país brasileiro
Que sejam bem remunerados
Bem visto e valorizados
E no bolso muito dinheiro.

                                                       PÁDUA  GOMES GORRIÓN


domingo, 23 de março de 2014

A SANTA INQUISIÇÃO



I
Peço a Deus inspiração,
Pois agora vou falar,
De fatos que a História,
Não se cansa de narrar,
Chamada de inquisição,
Não gosto nem de pensar.
II
“A santa inquisição”,
Como a igreja chamava,
Humilhava muita gente,
Matava, e torturava,
Quem fosse contra seus dogmas,
Dificilmente escapava.
III
Ela era um tribunal,
De cunho religioso,
Gregório IX fundou,
Pois era bem poderoso,
Eu acabei de falar,
De um homem vil, criminoso.
IV
Matava e torturava,
Quem fosse contra a igreja,
Sem dó, e sem piedade,
Continuava a peleja,
Queimando os inocentes,
Pelos dogmas da incerteza,
V
“A santa inquisição”,
Vivia de  vigiar,
Quem praticasse outra fé,
Dela não iam escapar,
E quando ela a  pegavam,
Não hesitavam em matar.
VI
Os métodos pra torturar,
Usados na inquisição,
Esfola, burro espanhol,
Serra e evisceração,
Guilhotina, cavalete,
E a tortura do caixão.
VII
Os católicos eram os donos,
“Da santa inquisição,”
Não tinham medo algum,
Em matar o cidadão,
Pois tinham o papa à frente
Ninguém era contra não
VIII
Muitos morreram em fogueiras,
Queimados pela inquisição,
A igreja impondo os dogmas,
Oprimindo o cidadão,
Muitos eram torturados,
Sem ninguém ter compaixão.
IX
Galileu foi um dos tais,
Julgado pela inquisição,
Por discordar da igreja,
Ficou ele sem perdão,
Condenado por heresia
Na mais vil situação.
X
Por escrever um bom livro,
Galileu foi condenado,
Pois o físico não aceitava,
Certas coisas de bom grado,
O sol ta no centro do mundo,
E pronto ta acabado.
XI
A terra, também se move,
Galileu falou assim,
O Clero não aceitou,
A coisa ficou ruim,
Condenaram Galileu,
Eita! Que inquisição ruim.
XII
Eu sei que muitos morreram,
Nas garras da inquisição,
Quem fosse contra a o Clero,
Morria sem ter perdão,
E a igreja seguindo,
Sujando com sangue o chão.
XIII
A guerreira Joana D, Arc.,
Uma mulher verdadeira,
Lutou a favor da França,
Sua luta derradeira,
Perdeu pra inquisição,
Foi queimada na fogueira
XIV
Sei que na idade média,
Começou a inquisição,
Na frente à igreja romana,
Perseguindo cidadãos,
Quem não seguisse os parâmetros,
Morria sem remissão.
XV
Muito ainda há de falar-se,
Dessa inquisição maldita,
O Clero usou seu poder,
E a história registra,
Muitos inocentes morreram,
Pra igreja ficar vista.
XVI
Foi um período cruel,
Que o clero vivenciou,
Sujando as mãos de sangue,
Tudo em nome do senhor,
Torturou pobres coitados,
Mostrando seu desamor.
XVII
Eu não falei quase nada,
“Da santa inquisição”,
Mas a professora Ana,
Entende e faz questão,
De explicar pra vocês
Sobre “a santa inquisição”.
XVIII
O catolicismo foi
O autor dessa desgraça,
Pegavam os inocentes,
Matavam só por pirraça,
Humilhava o cidadão,
Depois queimavam na praça,
XIX
A Santa Igreja Católica
Monitorava os cristão
Perseguia e condenava,
Os hereges como a um cão
Aos mais terríveis castigos
Sem piedade e perdão.
XX
O que mais chocou a gente
Era a tamanha hipocrisia
Matava e torturavam
Por isso tinha simpatia
E era porque era santa
De santa nada existia.
XXI
A igreja nessa época
Exibia um poder
Acima dela só Deus
E ninguém pra interceder
O que fazia estava feito
E botava pra descer.
XXII
Os mandamentos de Deus
Diz que ninguém pode matar
Mas a igreja matava
Depois de muito julgar
Ela dava a sentença
Ninguém podia mudar.
XXIII
Foi Tomás de Torquemada
Um espanhol perseguidor
Quem mais  perseguiu “herege”
Era um grande inquisidor;
Mulçumanos e judeus
Sofreram ser dessabor
XXIV
Esse tribunal maldito
Queimou  vivos na fogueira
Em praça pública atuou
Efetuou muita besteira
Tudo em nome de Deus
Que era razão verdadeira.



Autor: Carlos Alberto Rodrigues da Silva.
Graduando do curso de Letras da UFPB