domingo, 23 de dezembro de 2018

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL


Através deste cordel
Eu chamo aqui atenção
Dos nobres trabalhadores
Que atentem pra questão
Para manter suas vidas
Precisam de proteção.

Existem equipamentos
Que trará um bem final
Dará mais integridade
Não pense que isto é banal
Pois produz efeitos para
Seguro Individual.

Está no regulamento
Não faça o serviço falho
Porque isto é norma do
Ministério do trabalho
A fim de lhe proteger
De doenças ou de um galho.

Por isto os dispositivos
Deve esta bem na lembrança
Para proteger dos riscos
Sem que haja uma cobrança
Porque o que nós queremos
É ver sua segurança.

Meu, caro trabalhador,
Seja atento e vigilante
Também seja responsável
Pra seguir sempre adiante
Evitar os  acidentes
Que acontecem todo instante.

Quando você se protege
Promove a sua saúde
Use os equipamentos
Com coragem e virtude
Trabalhador cuidadoso
Brilha com sua atitude.

Toda nossa discussão
É a fim de se evitar
Males ocupacionais
Caso tenha um mal-estar
Os riscos ambientais
Temos que minimizar.

São exemplos de EPI’S
Respirador, macacão
O protetor facial
Luvas, manga,meu irmão
Protetor auricular
Calçados e cinturão.

Óculos, proteção do tronco,
Protetor auricular
O capacete, seu moço,
Nunca o pensem em tirar
Assim terás vida longa
E o sonho realizar.

Aceite orientações
Que faz seu empregador
Pois é pra lhe proteger
De você sofre pavor
E no futuro não tenha
Uma vida de amargor.

A obrigação é sua
Do equipamento usar
Para a sua proteção
Se o acidente chegar
Quem trabalha prevenido
Pode do tempo zombar.

O meu recado eu passei
Usando esta bela arte
Sobre os equipamentos
Meu  conselho não descarte
Pra evitar acidente
Seja só mais consciente
Faça agora sua parte.

                                   ©El  Gorrión



UM AMOR VERDADEIRO



O maior dos sentimentos,
Há quem diga que é amor.
E quando é compartilhado
Passa a ter real valor,
Mas quando não é recíproco
Causa muita angústia e dor.

Em uma escola pequena
De uma pequena cidade,
Estudava um rapazinho
Que buscava a liberdade.
Sonhava com seus estudos
Com prazer sem vaidade.

Este rapaz era humilde
Seu nome era Daniel.
Era tímido na escola,
Mas cumpria seu papel.
Um dia se apaixonou
Por Eduarda Isabel.

Esta moça era elegante
De uma beleza infinda
E naquela cidadela
A natureza lhe brinda.
Por isto naquela escola
Era a garota mais linda.

Além de muito simpática,
Era muito popular.
Os rapazes da cidade
Queriam lhe namorar,
Mas ninguém tinha coragem
Da moça se aproximar.

Assim também Daniel
Apaixonou-se por ela,
E quando a via na escola
Vislumbrava com cautela.
Toda vez que ela passava
Ele a olhava da janela.

Mas a sua timidez,
Seu destino, atrapalhou,
Pois nunca teve coragem
E pra ninguém nunca falou,
A vontade de esta junto
Ele sempre sufocou.

Mas Eduarda Izabel,
Essa paixão não notava
E a cada dia este amor
No coração aumentava,
Mas ela nada sabia
Nem com ele conversava.

O olhar desta menina
Apesar de ser bonito,
Contemplava outros rapazes
Do seu gosto favorito,
Mas pra Daniel apenas
Como o menino esquisito.

Um dia a turma da escola
Foi pra praia passear
Pra curtir um feriado
E nas águas se banhar.
Os dois jovens também foram
Pois queriam foliar.

Eles se sentaram juntos,
Mas não foi nada agradável,
Porque ela se esnobava
Com gesto desagradável.
Fazia chacota dele
De maneira imperdoável.

As piadas lhe atingiam,
Mas ele ficou calado.
Entendia no momento
Que era mesmo rejeitado,
Mas o amor no coração
Permanecia guardado.

Quando chegaram à praia
Que contemplaram o mar,
Os colegas se afoitaram
E correram pra brincar,
Caíram na bela praia,
Começaram a nadar.

Mas Eduarda Izabel
Para não ficar pra trás
De repente entrou na praia
Com uma ânsia voraz
Mas não sabia nadar
Caiu nas ondas brutais.

Ela ficou separada,
Mas pra o fundo caminhou.
Quando o povo percebeu,
Uma onda lhe inundou.
E aquela moça orgulhosa
Sem querer se afundou.

Seus colegas de escolas
Caíram em aflição
O desespero foi grande
Pra aquela situação,
Mas foi Carlos Daniel
Que fez a mais bela ação.

Daniel deu um mergulho
Pra sua amada salvar,
Mas tinha um redemoinho
Que começou lhe puxar
Conseguiu salvar a moça
Mas ficou sem respirar.

As águas lhe sufocaram 
E o rapaz foi dominado.
Aquele redemoinho
O deixou desesperado.
E o pior aconteceu;
Ele morreu afogado.

Os colegas da escola
Presenciaram a dor
Ao ver o colega morto
Que demonstrou seu valor.
Morreu ao dar sua vida
Pra salvar seu grande amor.

A mocinha ficou triste
Que sua alma se flagela.
Com a morte do colega
Deixou nela uma sequela,
Ao saber que Daniel
Tinha enorme amor por ela.

Ao mexer nas coisas dele
Um bilhetinho encontrou,
E quando ela abriu e leu
Uma lágrima derramou
O coração da garota
De repente acelerou.

─ Oh, minha doce querida,
Necessito lhe escrever,
Porque me falta coragem
Do que tenho pra dizer.
Faz tempo que até almejo
Está perto pra te ver.

Minha, Eduarda Izabel,
És minha divina flor.
Meu coração bate forte
Com alegria e dulçor.
Sinto algo inexplicável
Que só pode ser amor.

Mas tenho certeza que
Este amor é impossível.
Não podemos ficar juntos,
Pois pra ti sou desprezível.
Somos muitos diferentes...
Minha tristeza é terrível.

Mas se um dia descobrires
Quero que fiques ciente
Que a minha paixão não é
Coisas de um adolescente.
O amor que por ti sinto
Pulverizou minha mente

Esse amor mexe comigo
E jamais será apagado.
Mas mesmo sendo impossível
Deixo no peito guardado.
E como ele é tão lindo
Será sempre eternizado.

Como eu seria feliz
Se um dia tu me quisesse!
E se este teu coração
Uma chance só ao meu desse,
Eu gozaria da calma
Que este meu peito padece.

Mas saiba, minha querida,
Que entre nos há um conflito.
Quando meus olhos te veem
Eu não suporto e levito,
Porque um amor assim
Jamais será reescrito.

Com seu coração partido,
Pois se sentia culpada
Da morte de Daniel,
Por quem fora tanto amada.
Quando leu os seus papéis
Saiu dali arrasada.

Ela ficou pensativa
Com tristeza em seu olhar
E viu que nem todos são
Iguais na forma de amar.
Nosso amor anda de lado
Basta somente enxergar.

A vida é mais colorida
Quando vivemos o amor
A gente canta feliz,
Sente o perfume da flor.
Amar é algo sublime,
Precisamos dá valor.

Por isso, caro leitor,
Deixe sempre parecer
Que você gosta de alguém
Que é pra este perceber,
Porque é somente assim
Que o amor vai conceber.

Autor: El Gorrión



*FESTIVAL DE POESIA DO GRUPO CORDEL,VIOLA E REPENTE*

*EDSON LINS*  *X*  *EL GORRIÓN*

*Como era antigamente*
*El Gorrión*
Não tinha televisão
Telefone não havia
Era difícil o acesso
Por falta de rodovia
Na zona rural jamais
Se falava em energia.

*Edson Lins*
 Antigamente se ouvia
Dos mais velhos um conselho
Os filhos obedeciam
Quando se estalava o relho
E toda mulher  penava
Pela falta de um  espelho.

*El Gorrión*
Não se tinha um aparelho
De se medir a pressão
Não se  fazia exames
De cabeça ou coração
Doenças só tinha febre
Tosse braba e rouquidão.

*Edson Lins*
Não tinha gás de bujão
Mas cozinhava com lenha
O radinho era de pilha
Pra se escutar a resenha
E o vaqueiro se entretia
Quando ia fazer ordenha.

*Edson Lins*
Não precisava de senha
Pra ir no banco rural
Nem para ser atendido
Na fila de hospital
Nossa moeda era réis
Muito melhor que real.

*El Gorrión*
O transporte era animal
Que na cangalha ou na sela,
Transportam mantimentos
Com pureza e sem mazela,
E o tropeiro abastecia
Toda sua clientela.

*Edson Lins*
Velório era sentinela
Com o povo no terreiro
Lá na varanda o defunto
No claro do candeeiro
E a família usava luto
Pelo ente o ano inteiro

*El Gorrión*
Nosso povo campineiro
Desconhecia o CD
Microondas, batedeiras,
Geladeira  e DVD
Mas o matuto em seu  rancho
Lia a carta de ABC.
*Edson Lins*
O óleo era de dendê
Mamona e amendoim
Na padaria não tinha
Chocolate e nem pudim
Mais tenho orgulho em dizer
Antigamente era assim

*El Gorrión*
A cama era de capim
E a panela era de barro
Uma mesa de madeira
Com flores dentro do jarro
Todo povo andava a pé
Pois não existia carro.

MOTE EM SETISSÍLABOS

*Só canta isto que sente*
*O poder do criador*.

*El Gorrión*
Vejo a lua no horizonte
Bem depois que o sol se esconde
No céu um trovão responde
Que estremece  todo monte
As águas descem da fonte
Deixando a terra um frescor
A essência de uma flor
Trás esperança luzente
Só canta isto que sente
O poder do criador.

*Edson Lins*
Imbuá tem mais de cem
Pernas e devagar anda
A aranha é quem comanda
As linhas que ela tem
Azulão sofreu vêm vêm
Gavião Águia e condor
Raposa Guará castor
Germinação de semente
Só canta isso quem sente
O poder do criador.

*El Gorrión*
Quando vejo um pirilampo
Com seu pisca-pisca alerta
Eu fico de boca aberta
Que o meu sorriso  destampo
Pois deixa mais belo o campo
Em um  pomposo esplendor
As noites têm mais fulgor
Que até Deus fica contente
Só canta isto que sente
O poder do criador.

*Edson Lins*
Uma nuvem carregada
O vento empurrando ela
Uma noite Clara e bela
Já perto da madrugada
A brisa passa gelada
Pra esfriar o calor
Trazendo o melhor odor
Que as flores doam pra gente
Só canta isso quem sente
O poder do criador.

*El Gorrión*
As abelhas fazem mel
Sem panela e sem receita
Do vergel faz a colheita
Deixando cheio o tonel
Este belo coquetel
Feito com tanto  primor
Tem o mais fino sabor
Que põe um riso na gente
Só canta isto que sente
O poder do criador.

*Edson Lins*
O oceano profundo
Suas águas suas ilhas
E mais outras maravilhas
Bonitas que tem no mundo
O solo fértil e fecundo
Que foi feito com amor
E um socó pescador
Pescando em água corrente
Só canta isso quem sente
O poder do criador.

*El Gorrión*
Como é lindo um passarinho
Cuidando da sua prole
Tudo  que ele  acha  engole
E já trás mastigadinho 
No bico do filhotinho
Ele põe com tanto amor
Age contra o predador
Como um soldado valente
Só canta isto que sente
O poder do criador.

*El Gorrión*
Leão rei da selva é
Não teme a onça pintada
A zebra é toda listrada
E tem medo de jacaré
Papagaio fala até
João - de - barro é construtor
E olhar o sol se pôr
No janelão do poente
Só canta isso quem sente
O poder do criador







Poemas do Festival de Silvano Lira



A cidade é pomposa e muito linda;
Tem cultura plausível e conspícua,
A natura dá brilho e faz profícua
E as ladeiras dão glória mais que infinda
Tem o nome tão belo que é Olinda.
É quem faz no Brasil o carnaval
Sua arte é um quadro natural
Seu legado de fama conquistou
A Lisboa pequena se tornou
No maior patrimônio cultural.

Mote e glosa: El Gorrión

Um celeiro de poetas
Que pinta a vida com versos
Navegam por universos
Para alcançar suas metas
São verdadeiros profetas
Neste palco iluminado.
Cada segredo pintado
Vem mostrar proficiência
São seis anos de existência
Do Cordel Improvisado.

Mote: Silvano Lyra

A distância maltrata fere e pune
provocando nas almas ostracismos.
Com o tempo suplantam seus lirismos;
E ninguém, das feridas, fica imune
A lonjura insensível que desune 
Vai forçando os amantes pra prisão
Nos seus leitos só há riso de ilusão
Mas o amor nunca perde a relevância
A saudade é um vírus que a distância
Colocou no HD do Coração.

Mote: Andrade Lima

Eu sou nordestino com orgulho e brio
Não quero enxergar preconceito ou tripúdio 
Porque nosso povo não que mais repúdio
Mas venha pra ver nosso forró sadio
Da nossa cultura ninguém tem fastio
Tem praias tão belas que vai lhe agradar
Quem vem uma vez arquiteta voltar
Pra ver as quadrilhas das festas juninas
Beber dos repentes das fontes divinas
Nos dez de galope da beira do mar.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

O sapo falante


Certo dia uma mocinha
Que não tava afim de papo
Levou um susto danado
Quando tomou um sopapo
Pois pulou na frente dela
Um tremendo feio sapo.

A coitada teve um susto
Que não pode nem andar
E aquele sapo metido
Começou lhe aperrear
E olhando pra mocinha
Pegou logo a conversar:

-Oh garota não se assuste
Mas me dê sua atenção
Eu não sou um sapo feio
É fruto de maldição
Sou um lindo professor
Que adora a profissão.

Mas se você me beijar
Eu voltarei ao normal
Poderemos nos casar
E ser um lindo casal 
Seremos muito felizes
Pois me livro deste mal.

A mocinha então pensou
E decidiu colocar
O sapo dentro da bolsa
E começou caminhar
E o pobre só  esperando
Que ela fosse lhe beijar.

-O sapo disse:Me beije
Faça isto por favor
A moça então respondeu
Eu tenho nojo e pavor
Mas com um  sapo fofoqueiro
Deve ganhar mais dinheiro
Do que qualquer professor.

Perda virgindade



A família de João Bento
Senta a mesa e se alimenta
Quando jantava tranquila
Sua filhinha lamenta:
“Eu tenho uma má notícia!”
E o clima logo esquenta.

Camila com onze anos
Era bem pequenininha
Abaixa cabeça triste
Olhando para a mãezinha
E disse: “não sou mais virgem
Sou agora uma vaquinha”.

Ela começou chorar
C’uma tristeza medonha
E ficou muito alterada
Desolada e até bisonha
Cobrindo rosto com as mãos
Com ar de muita vergonha.

Houve um silêncio danado
Ao redor daquela mesa
Porque aquela notícia
Pegou todos de surpresa
Jamais ninguém esperava
Coisas desta natureza.

Mas de repente começam
Uma grande confusão
O pai acusando a mãe
Por não lhe dá atenção
A mãe acusando o pai
Por lhe faltar afeição.

A mãe diz: “a culpa é sua
Por este ato mal feito,
Esta sua má conduta
Só faz mostrar o efeito
Porque você nunca teve
Por nossa filha respeito”.

A mãe ficou desolada
Que quase ela perde pique
Seus olhos cheios de lágrimas
A beira de um chilique
Pega não mão de Camila
E pede que ela se explique.

E com carinho ela pega
Na mão da sua filhinha
E lhe diz tremendo a voz:
“Responda para mãezinha
Que história cabeluda
De você ser a vaquinha?”

“Foi que a minha professora
Do presépio, me tirou
No meu lugar pôs Vanessa
Meu peito não aguentou
Agora sou a vaquinha
E a notícia me abalou.”

“Foi isto que aconteceu
E por isto eu passo mal”
Dizia a filha em soluços
Com um desgosto infernal”
“É que eu não sou mais virgem
No presépio do natal”.

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

MESA DE GLOSA



Mote: José Almeida
Amor não correspondido,
Dilacera um coração.
  
El Gorrión
Sou um homem sofredor,
Padeço sem ter carinho,
Sigo na vida sozinho
Com o peito vertendo dor.
Pois investi meu amor
Em quem não deu-me atenção,
Caminho na contra mão
Com meu coração ferido.
Amor não correspondido,
Dilacera um coração.

Amar e não ser amado
Provoca muito sofrer.
Dar vontade de beber,
Deixa o ser desnorteado,
O coração machucado
Vivendo na solidão.
Quando escuta uma canção
Sente o peito dolorido.
Amor não correspondido,
Dilacera um coração.

Ela acabou com meu sonho...
Diluiu minha vontade,
Ao levar de mim metade,
Fiquei deveras tristonho.
Um desespero enfadonho
Juntou-se com a ilusão.
Afoguei minha paixão
No mar de fel dissolvido.
Amor não correspondido,
Dilacera um coração.

Katy Souza
Pra curar só a cachaça
Qualquer peito calejado
Pior que ser mal amado
É uma paixão que não devassa
Passa tempo e não passa
A dor da ingratidão
Que faz chorar de emoção
Um ser que foi iludido
Amor não correspondido
Dilacera um coração.

É um viver desesperado
De quem mendiga amor
Nem remédio, nem doutor
Cura um coração quebrado
Quanto mais sofre o danado
É que sente paixão
E só encima de um balcão
Alivia o que tem sofrido
Amor não correspondido
Dilacera um coração.

Francisco Evangelista
No amor quem se arrisca
As vezes tem ameaça
Quando outro amor não caça
Vem a saudade e belisca
A solidão é quem trisca
Na ferida da paixão
 Quem ama perde a razão
Mais quer ser retribuído
Amor não correspondido
Dilacera o coração.

Flores mando com frequência
E com cartão perfumado
No Instagram deixo recado
No ZAP faço insistência
E com muita paciência
Componho até canção
E ela não  faz questão
E nem pouco dar ouvido
Amor não correspondido
Dilacera coração

Zé Almeida
Só tinha destinatário
Minhas cartas no Correio
E inda não havia e-mail
Mas, tinha arquivo em diário
Uma foto em meu armário
Pra me dar recordação
Ela só me deu paixão
E eu terminei esquecido
Amor não correspondido!
Dilacera um coração.

Ela veio com muita pressa
Dizendo que me queria
E o homem tem a mania
De acreditar em promessa
Eu já caí numa dessa
Ela me deixou na mão
Me tornei um beberão
Por entre becos perdido
E amor não correspondido!
Dilacera um coração.

Sempre estive ao lado dela
Com dedicação sensata
Fiz pra ela serenata
Bem ao lado da janela
Com a canção AQUARELA
Eu fiz até gravação
Perdi até a noção
De algum lance acontecido
E amor não correspondido!
Dilacera um coração!

Alan
Eu sempre ligo pra ela
Pra Um diálogo normal
Mas diz ela: "o sinal,
É ruim aqui na favela".
Vou até na casa dela
Bato e chamo no portão
E saio de lá no chão
Porque não sou atendido
Amor não correspondido
Dilacera um coração.

Tamires Santos
Eu bebo só pra  esquecer
E acabo me lembrando
Tô quase me afogando
Pelos mares do sofrer
Eu tô cansada de roer
E de ser só uma opção
Eu já fiz tanta oração
Mas Santo"toin" não dar ouvido
Amor não correspondido!
Dilacera um coração!

Nilma Souza
O meu nome é sofrimento
Minha cara é tatuada
Minha casa tem faixada
"Ninguém entra no momento"
Minha vida é cem por cento
Entregue pra solidão
Perdi a satisfação
No caminho percorrido
Amor não correspondido
Dilacera o coração.

Oliveira da Paraíba
Amar sem correspondência
Não tem coração que aguente
Eu me sinto até doente
Com a dor da sua ausência
Sem praticar violência
Me sinto na detenção
Na grade duma prisão
Como se fosse um bandido
Amor não correspondido
Dilacera o coração.

Eu to gostando de alguém
Mas ela não corresponde
Se eu procuro ela se esconde
Quando eu chamo ela não vem
Eu lhe quero tanto bem
Digo um sim ela diz não
Quando eu lhe dou a atenção
Ela nem me dá ouvido
Amor não correspondido
Dilacera o coração.

Jr. Adelino
Sou morador da agonia,
Do desgosto um inquilino,
Que a mão negra do destino
Me fez uma covardia.
A dona que eu mais queria
Me disse sem compaixão:
Já tenho outro em questão...
A fila anda querido!
Amor não correspondido
Dilacera o coração.

Amar sozinho é ruim,
Amar por dois é roubada,
Que o amor não vale nada
Quando um não tá afim.
Pois o que mais dói pra mim
É quando na relação:
O papel da devoção
Só de um lado é percebido,
Amor não correspondido
Dilacera o coração.

Alberto Couto
Até ao extremo amei
Dei todo amor do mundo
O meu coração fecundo
Disso eu alimentei
Jamais eu imaginei
Tamanha ingratidão
No vale da solidão
Por ela fui esquecido
Amor não correspondido
Dilacera o coração.

Fiquei tão apaixonado
Que mudei minha vida
Por causa duma querida
Eu quis tê-la a meu lado
Mas fiquei decepcionado
E não encontrei razão
Como pode uma paixão
Ser por outro esquecido
Amor não correspondido
Dilacera um coração

Zé de França
Amar quem não ama a gente
Não é amor é um mal
Porque unilateral
Amor não passa o que sente,
Quando aplica um beijo quente
Ganha um aperto de mão,
Diz um  sim ,escuta  um não,
Respeita mas é traído,
"Amor não correspondido
Dilacera o coração"

Paulão Muniz
Quando alguém de fato abusa.
A pessoa que lhe ama.
De mentira inventa um drama.
Faz fofoca lhe acusa.
Nessa rotina confusa.
Perde o fogo da paixão.
O gosto da solidão.
Vira o prato preferido.
Amor não correspondido.
Dilacera o coração.

O casamento só presta.
Quando a rotina é sadia.
Infelizmente tem dia.
Que o mal se manifesta.
A partir daí só resta.
Desfazer a união.
Sem reconciliação.
Resta um passado perdido.
Amor não correspondido.
Dilacera o coração.

Marcos dos Anjos
Eu falei ela calou
Eu sorri ela bem séria
Ela bem eu na miséria
Eu liguei ela cortou
Eu pedi ela negou
Quando deitei no colchão
Eu disse : sim e ela não
Implorei mas foi perdido
Amor não correspondido
Dilacera coração.