domingo, 21 de novembro de 2021

 *5° DESAFIO POÉTICO*


*Amauri Viana X El Gorrión*

*Data:* 20 de novembro 

*Estilo:* Décimas setissílabas 


*Duvido de tu inventar*

*Do tanto que eu invento!*


Mote: Dulce Esteves 


Sou poeta campeão

O meu saber é profundo 

Conhecido em todo mundo 

Do Brasil até o Japão 

Sou piloto de avião 

E capador de jumento

Sou mais veloz que o vento

Ninguém pode me pegar

*Duvido de tu inventar*

*Do tanto que eu invento!*


*El Gorrión-Itatuba-PB*


Você diz que é sabido

Que de tudo faz um pouco 

Pois vou lhe dá um sufoco 

Pra deixar de ser metido

Não faço nada escondido 

Tudo que faço eu sustento 

Seja com ferro ou cimento 

Para ninguém reclamar 

*Duvido de tu inventar*

*Do tanto que eu invento*


*Amauri Viana* 


 Já cantei com Zé Viola

Joguei bola com com Pelé 

Fiz a arca com Noé

E fui pedinte de esmola

Eu sou doutor na escola

Lá no quartel sou sargento

No morro eu sou violento 

Pois nasci para matar

*Duvido tu inventar*

*Do tanto que eu invento.*


*El Gorrión-Itatuba-PB*


Fiz um disco voador

Que já me levou na lua

Fiz um moleque de rua

Ser eleito senador 

Já inventei um trator

Que era movido a vento

Eu já fiz um instrumento 

Que tocava sem parar

*Duvido tu inventar*

*Do tanto que eu invento*


*Amauri Viana*


Nas quebradas do sertão 

Eu peguei um touro bravo

Uma floresta eu desbravo

Só para fazer carvão

Eu amancei um leão

E fiz dele meu jumento 

Dou capim como alimento 

O pobre só faz chorar 

*Duvido tu inventar* 

*Do tanto que eu invento*. 


*El Gorrión-Itatuba-PB*


Inventei uma enxada

Que arranca mato sozinha

Eu já fiz minha vizinha 

Ficar por mim arriada

Fui garçom na esplanada 

Orador no parlamento 

No Supremo fiz assento

Pro  presidente sentar

*Duvido tu inventar*

*Do tanto  que eu invento*


*Amauri Viana*


Eu fiz o plano real

Aumentei a inflação 

Fiz o horário de verão

Sou senador federal

Paraíba é meu curral

Meu salário é cem por cento

Sou um homem de talento 

Que nasceu para ostentar

*Duvido tu inventar* 

*Do tanto que eu invento*


*El Gorrión-Itatuba-PB*


Eu fiz o dolar cair

Virar uma mixaria

Nenhum mendigo queria

Eu fiz a bolsa ruir

Fiz um avião subir

Mais alto que o firmamento 

Fiz Dilma ensacar o vento

Pra energia gerar

*Duvido  tu inventar*

*Do tanto que eu invento*


*Amauri Viana*


Fiz um carro voador

Que percorre num segundo 

Cinco voltas pelo mundo 

Somente a gás e vapor 

Não precisei de motor 

Mas só da força do vento

Com um simple cata-vento 

Ele é capaz de voar

*Duvido tu inventar*

*Do tanto que eu invento*. 


*El Gorrión-Itatuba-PB*


Eu já fiz uma peneira

Capaz de tampar o sol

Dei aulas de futebol 

Para Zagalo e Parreira 

Desafiei Zé Limeira

Numa feira em Livramento 

Cantei o velho testamento

Ele pediu pra eu parar

*Duvido  tu  inventar*

*Do tanto que eu invento*


*Amauri Viana*


Eu inventei a cachaça 

E doeei ao satanás 

Ele misturou com gás 

E deu ao povo na praça 

Despejou numa cabaça

E chamou de suco bento

E disse pra um sedento:

-Beba até se embriagar.

*Eu duvido tu inventar*

*Do tanto que eu invento.*


*El Gorrión-Itatuba-PB*


Já fiz muito desafio 

Daqui para o Pajeú 

Mas o melhor foi com tu

Poeta de muito brio

Em você sempre confio

Em todo e  qualquer momento 

Atendo seu chamamento

Basta você me chamar

*Duvido  tu inventar*

*Do tanto que eu invento*


*Amauri Viana*


Eu sou ator de novela

E vou provar pra o senhor

Como sou namorador

Conquistei uma donzela

Desfilei na passarela

Com todo meu ornamento

No dia do casamento 

Ela não quiz se casar

*Duvido tu inventar* 

*Do tanto que eu invento*.


*El Gorrión-Itatuba-PB*


sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Memória de Zé Lins do Rego


Peço a Deus inspiração
Que me dê paz e sossego
Pois eu preciso falar
Daqui do meu aconchego
Do grandioso escritor
Que foi José Lins do Rego.

Escritor paraibano
Da cidade de Pilar
Foi o Engenho Corredor
Que fez Zé Lins decolar
Este escritor nordestino
Faz seu povo se orgulhar.

José Lins do Rego foi
Escritor e grande artista
Um poeta de mão cheia
E também foi jornalista
Escreveu divinas crônicas
O famoso romancista.

O neto de Zé Paulino
Foi um grande romancista
Escreveu o ciclo da cana
Foi o primeiro da lista
Conhecido em todo mundo
Escritor regionalista.

Gênio da literatura
Nosso maior escritor
Mas foi em Itabaiana
Que conquistou mais primor
Para viver na cultura
De poeta e promotor.

Zé Lins é reconhecido
Por nós é considerado
Um escritor bem polido
Que orgulha o nosso estado
Mostrou que possui valor
Pelo seu grande legado.

Foram mais de vinte livros
Que orgulha os paraibanos
Veja Menino de Engenho
Doidinho,Meus verdes anos
Leia O moleque Ricardo
Banguê,Gregos e troianos.

Usina,Pedra bonita,
Riacho Doce é amor
Cangaceiros,Água-mãe
São romances de valor
Fogo morto é mui sombrio
Totonha é um esplendor.

Zé Lins do Rego será
Um escritor de conceito
Sua  obra literária
Guardamos dentro do peito
O grande paraibano
Terá o nosso respeito.

Nesses cento e vinte anos
Zé Lins já fez sua história
Jamais vai ser esquecido
Pois vive em nossa memória
Só resta a nos orgulharmos
Pelo seu valor e Glória.


Poeta El Gorrión-Itatuba-PB

domingo, 25 de abril de 2021

OS ÍNDIOS NO BRASIL

 

  OS ÍNDIOS NO BRASIL

 

Neste momento  brilhante

Peço a Deus, pai verdadeiro

Que me dê à inspiração

Para eu traçar o roteiro

Dos nossos povos indígenas

Neste solo brasileiro.

 

Os povos indígenas são

Grupos étnicos diferentes

Que possui sua cultura

Com costumes influentes

Que contra a segregação

Tem lutado fortemente.

 

Brasileiros de verdade

Os primeiros habitantes

Antes do Brasil colônia

Eram eles dominantes

Mas passado de alguns séculos

Diminuíram bastante.

 

Guardiões da natureza

Pela terra dão a vida

Pois possui alma gigante

E de uma força aguerrida

Protegendo  fauna e a flora

Pois nela acharam guarida.

 

Os indígenas no meu Brasil

Foram bastante importante

Pois deixou sua cultura

Para nós foi relevante

E deixou forte legado

Do tamanho de um gigante.

 

Esta terra são dos índios

Pois aqui tinha  milhões.

Hoje se reduze a nada

Existem poucas nações.

Fruto de tanta ganância

Desses bárbaros barões.

 

O indígena ainda vive

Sofrendo a tal violência.

Sem ter terra pra plantar

Pra sua sobrevivência

Vão parar lá nas favelas

E viver na indigência.

 

A terra que o índio tinha

Pelos grandes foi tomada

Os grandes investidores

Querem ela explorada.

Porque foram enganados

E não lhe sobrou foi nada.

 

Quando os europeus chegaram

Já acharam o índio aqui

Tinha mais de três milhões

É certeza, pois já li

E no que tange a linguagem

Uma língua era a tupi.

 

O índio hoje é sinônimo

De luta, de resistência

Pois destruíram as florestas

Pra eles é violência

É preciso respeitar

Seus costumes com urgência.

 

Aqui vou contar um fato

Terrível que aconteceu

Na cidade de Brasília

O lugar onde se deu

Um crime com um indígena

Que todo povo entristeceu.

 

No dia vinte de Abril

Noventa e sete era o ano

Que cinco nobres rapazes

Praticaram  grande dano

Matando um índio queimado

Em um ato desumano.

 

Foi Galdino de Jesus

O indígena que morreu

Foi comemorar seu dia,

Mas sequer sobreviveu

Foi ali reivindicar

Propostas pra o povo seu.

 

Ele com seus companheiros

Foram lá para lutar

Por terras que eram suas

E outros foram se apossar

Era preciso coragem

Pras terras recuperar.

 

Mas Galdino de Jesus

Foi pra uma reunião

Com outras autoridades

Lá no centro da nação

Mas chegou tarde e não pôde

Entrar na sua pensão.

 

Ele inocentemente

Resolveu logo dormir

Em um abrigo de ônibus

Por não ter para onde ir

Logo foi assassinado

Deixando de existir.

 

Aqueles cruéis rapazes

Sem pena, sem compaixão

Jogaram gás no indígena

Sem nenhuma discussão

Numa maldade cruel

Sem ter nem uma razão.

 

Quando  jogaram o gás

Em Galdino ali dormindo

Depois atearam fogo

E ainda ficaram rindo

E o índio se queimando

E todos eles assistindo.

 

Foram fortes queimaduras

Galdino não resistiu

Consumiu todo seu corpo

Ninguém ali coibiu

Eu consequência morreu

E ninguém lhe acudiu.

 

Quando espalhou-se a notícia

Que chocou todo país

Fizeram grandes protestos

Por estes atos hostis

Deixando a população

Indígena muito infeliz.

 

Os rapazes assassinos

Eram todos classe rica

Seus pais eram da justiça

Aí o caso complica

Foram todos protegidos

E justiça não se aplica.

 

Os rapazes acusados

Por um ato tão  injusto

Teriam  que ser julgado

Era o caminho mais justo

Mas disseram pra justiça

Que a intenção era um susto.

 

Os seus pais eram juízes

E de outros promotores

Botaram a mão por cima

Protegeram  os agressores

E nenhum foi pra cadeia

Não pagaram seus horrores.

 

O Brasil repudiou

A sua própria justiça

Pois foi só mais uma prova

Que a mesma fica omissa

Parece que estes juízes

Pra julgar tem é preguiça.

 

Infelizmente ninguém

Foi parar numa prisão

E o crime de Galdino

Deixou de molho a nação

Pois não fizeram justiça

Por aquela agressão.

 

Por isso, caro leitor,

Não da para confiar

Na justiça do Brasil

Que não sabe nem julgar

Estes crimes hediondos

Não dar pra se abafar.

 

Já faz mais de vinte anos

Que Galdino faleceu

O Brasil chora seu sangue

Ninguém nunca se esqueceu

Pois não foi feita justiça

O caso se emudeceu.

 

 Os indígenas do Brasil

Merecem nosso respeito,

Pois estas terras são suas

Sim de fato e de direito

É preciso que acabemos

Todo e qualquer preconceito.

 

Sinto-me tão desonrado

Que tenho  uma quietude

Teu sangue não silencia

Por que nele há virtude

Sei que nenhuma desculpa

Cobrirá nossa atitude.

 

O índio é nosso parceiro

No tear desta nação

Deixou sua influência

Sim, na nossa formação

E sua cultura é rica

Só nos fez ter ascensão.

 

Os povos indígenas hoje

Fazem parte da nação

E foram contemplados na

Nossa constituição

E também há um sistema

Para sua proteção.

 

Acabando este cordel

Ainda sinto tristeza

Mas este povo indígena

É guardião da natureza

Relembrando suas almas

Os índios merecem palmas

Por sua extrema beleza.