quarta-feira, 16 de novembro de 2016

PRODUÇÃO DA NOITE DOS POETAS DO GRUPO PROSDORE DO CORDEL
















Inda sou apaixonado
Por você minha morena.
Essa paixão me condena
A viver embriagado.
De teu beijo estou lembrado
Quando ainda estava aqui.
Nos teus beijos me perdi
E a solidão dissipou.
O tempo não apagou
O amor que sinto por ti.

Meu coração dilacera
Com tamanha ingratidão.
Teu amor é aguilhão 
Que machuca e desespera.
Estou em uma cratera,
Mas eu não vou  desisti.
Antes de me destruí,
Vou te mostrar que eu sou.
O tempo não apagou
O amor que sinto por ti.

O amor que’u  sinto agora
Nasceu  desde a mocidade
Vejo em ti minha metade
Que no meu peito ancora.
A saudade me devora
Tentando me destruí.
Sonho um dia usufruí
O que a mente planejou.
O tempo não apagou
O amor que sinto por ti.

Dos anos perdi a conta
De quando me apaixonei,
E dos beijos que provei
A lembrança me desmonta.
Tua falta me amedronta
Por saber que te perdi;
Não sei se vou resisti;
Se o romance acabou;
O tempo não apagou
O amor que sinto por ti.

© El Gorrión

Vinte anos se passaram
Desde aquela conversa,
Mas minha alma é dispersa
Por dores que maltrataram.
Feridas cicatrizaram,
Mas com outras me feri.
Por pouco sobrevivi
Pelo muito que maltratou,
E o tempo não apagou
O amor que sinto por ti.

Ainda quando criança
Brincando de inocência,
Sem o mal na consciência,
Como fruto da esperança.
Senti a sua voz mansa
Ressoando bem aqui,
No lugar onde nasci
E você me conquistou,
E o tempo não apagou
O amor que sinto por ti.

Eu não nego a ninguém minha origem
Sou da roça e nasci nesse sertão,
Cada calo gravado em minha mão
Denuncia a labuta e a vertigem.
Já queimei muita broca na fuligem
E fiquei sapecado no calor,
Fui nas noites de festa o cantor
E tirei muito leite ao amanhecer,
Se eu nascesse outra vez queria ser
"Nordestino, vaqueiro e cantador".

Muito cedo plantei a minha roça
Muito tarde ganhei meu aposento,
Muitas vezes guardei meu sofrimento
Num baú de esperança na palhoça.
O meu gado escapei com qualquer troça
Dei cardeiro queimado sem sabor,
E cantei os meus versos de clamor
Adulando a Deus para chover,
"Se eu nascesse outra vez queria ser,
Nordestino vaqueiro e cantador".

© Robson Renato

Pra existir um  passado 
Tem que quê viver um presente 
E o que passou entre a gente 
Me persegue lado a lado 
Meu peito tá deformado 
De um jeito quê eu nunca vi 
Desde que te conhecii  
Meu mundo se transformou 
E o tempo não apagou 
O amor que sinto por ti 

O que era só pra ser 
Um casinho e nada mais 
Tirou sossego e a paz 
Feis parte do meu viver 
Tentar não é esquecer 
Tentei mais não consegui 
E esse caso eu vivii 
Pra reviver ainda estou 
E o tempo não apagou 
O amor que sinto por ti

© Francisco  evangelista

Foi seis anos de namoro
Com bastante alegria
E mais três de euforia
Por causa do desaforo
Tu pra mim foi um agora
E ainda não te esqueci
No momento que te vi
Meu coração palpitou
"E o tempo não apagou
O amor que sinto por ti".

Se  soubesse que duia
Eu não teria aceitado
Um Namoro conturbado
Sem amor,sem companhia
Na hora que tu partia
Eu ficava à sorri
Mais depois eu percebi
Tudo que você passou
o tempo não apagou
O amor que sinto por ti

© Antônio Nascimento

Não há borracha que apague
Quando o amor é bem escrito
Anote o que eu tenho dito
Se não for certo me largue
Do contrário me afague
Me ponha junto de ti
Que longe muito sofri
E a distância não matou
E o tempo não apagou
O amor que sinto por ti

© Kleber Araújo

É verdade que andei
A procura de alguém
E parece que não tem
Em outra o que achei
No amor lubrifiqueí 
Meus olhos quando te vi
A emoção que senti
Que até me arrebatou
O tempo não apagou
O amor que sinto por ti.

© Gil Martins

Estou eu  no princípicio 
No balança mais não cai
Essa paixão que não sai 
E esse amor não propício 
Já passou por sacrifício 
Mais do meu peito não passa 
E  o meu sorriso disfarça 
E só nos olhos que clamo 
A mulher quem tanto amo 
Não me quer mias nem de graça 

© Francisco evangelista

Andei pelo mundo inteiro
procurando uma saída 
para deixar essa vida
de cantador violeiro
sem viola e sem pandeiro
tudo na vida senti
voltei para o Cariri
minha vida não mudou
"O tempo não acabou
o amor que sinto por ti".

A vida foi muito ingrata
quando me deixou distante
dessa mulher elegante
que me amou lá na Prata
foi numa distante data
que lhe fiz uma trapaça 
hoje até canto na praça
querendo mudar de ramo
"A mulher que tanto amo
não me quer mais nem de graça".

Boto a culpa no destino
que não fez nada por mim
quando floriu meu jardim
me impôs um desatino
amava desde menino
aquela menina massa
aconteceu a desgraça 
destruidora de plano
"A mulher que tanto amo 
não me quer mais nem de graça ".

Eu pensei quando a vida me daria
o que sempre me deu meu velho  bom
mas a música tocou num outro tom
que já mais eu pensei que existia
quem na vida viveu de fantasia 
e encontra no mundo outra lição 
só encontra outros pais sem dar perdão 
sem amor, sem carinho e sem verdade
"Capotei o meu carro da saudade
no buraco profundo da ilusão".

Minha vida era cheia de alegria
de riqueza prazeres devaneios
sem medir nem saber qual eram os meios
mas um dia acabou a fantasia
eu fiquei sem saber o que faria
adentrei de repente em contra mão 
sem saber de perigo nem razão 
fui pedir a Jesus por caridade
"Capotei o meu carro da saudade 
no buraco profundo da ilusão".

A mulher de minha vida
decepcionou-se comigo
me aplicou um castigo
numa regra desmedida
faz a nossa despedida
me acusando de trapaça 
hoje me sinto a carcaça 
 de juelhos me esparramo
"A mulher que tanto amo 
Não me quer mais nem de graça".

© Pedro Rômulo

Fiz juras sem juramento
De nunca lhe abandonar
E ela a acreditar
Em meu falso juramento
Brinquei com o sentimento
De quem me acolheu na praça
Mas, na força da cachaça
seu nome ainda chamo
"A mulher que tanto am
Não me quer mais nem de graça".

Viajei nesse amor inconsequente
Dei carinho sem em troca receber
Tirei forças de onde o meu ser
Nem sabia que era existente
Feito um pobre menino inocente
Eu corri no terreiro da paixão
Machuquei meu sofrido coração
Quando vi que era tudo falsidade
"Capotei o meu carro da saudade
No buraco profundo da ilusão".

© Antônio Nascimento


No começo foi sucesso 
Era eu um grande vate
Tinha casa, porto, iate
E não perdia congresso.
Aí veio o retrocesso...
Não levantava mais taça,
A fama virou fumaça,
Igual o fogo no ramo
E a mulher que tanto amo
Não me quer mais nem de graça. 

Quantas vezes papai se condição 
Trabalhava em prol do meu estudo 
Igualmente a ele, eu também tudo,
Sempre fiz para minha educação. 
Hoje eu estou longe do sertão 
Consegui me formar e ser doutor
Mas a mente do homem sonhador
Trás guardado ainda três querer
"se eu nascesse outra vez queria ser
Nordestino, vaqueiro e cantador".

© Alan França

Eu não sinto inveja de ninguém
Que nasceu lá no sul ou no sudeste
Sou feliz por nascer no meu nordeste
Nessa terra que amo e quero bem.
Alegria reside aqui também
Se engana quem chama “sofredor”
Esse povo que tem muito valor
E que canta pra dor ele esquecer
Se eu nascesse outra vez queria ser
Nordestino, vaqueiro e cantador.

© Roberto Celestino

Ponha o traço no "I" formando um "T"
E depois o conduza pra direita
Que um "L" será Letra perfeita
E esse "P" de perfeita vira "b".
O correto é marcar sempre com "C"
E o errado com "E" numa questão. 
Todo ser partirá e a transição
Dessa vida sem "V" indica ida,
E o parti com "da" vira partida
E pra o céu ninguém vai de avião!
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© Andrade Lima

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